Media britânicos impedidos de divulgar "escândalo sexual"
Após uma injunção de tribunal ter impedido os tabloides britânicos de divulgar o nome de uma celebridade casada que teria tido uma relação a três com outro casal, os envolvidos terão sido mencionados por nome no tabloide americano National Enquirer, que não está sujeito às mesmas leis. Vários tabloides britânicos, incluindo o Daily Mail, exprimem indignação com a lei que permite aos juízes aprovar este tipo de injunção, conhecida no Reino Unido como "ordem de amordaçamento", tendo em conta que os leitores britânicos também têm acesso a media estrangeiros que não são abrangidas por elas.
Na primeira página do jornal desta quinta-feira, o Daily Mail escreve: "Inúmeros americanos podem ler sobre uma celebridade casada e pai que teve um ménage à trois com outro casal. Então porque é que os nossos juízes o impedem a si de saber o nome dele? Porque a lei é burra!"
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A existência desta injunção judicial já era conhecida desde meados de março, quando o The Guardian escreveu sobre a decisão, divulgada online pelo tribunal, de impedir o tabloide The Sun de divulgar a história do alegado encontro a três entre uma celebridade casada e um outro casal . O The Sun estava pronto a publicar a reportagem acerca quando os advogados da celebridade, identificada apenas como PJS, interpuseram um processo em tribunal para impedir que a história fosse publicada, com base na privacidade dos envolvidos enquanto figuras públicas.
Um tribunal britânico concordou que a história não tinha interesse público e poderia ter um impacto nocivo nos "filhos pequenos" do casal célebre, e impediu os jornais britânicos de escrever sobre ela. As leis de privacidade do Reino Unido permitem este tipo de "ordem de amordaçamento", como é chamada, mas já têm levantado controvérsia em anos anteriores.
Agora, num artigo entretanto apagado do jornal americano National Enquirer, foi revelado que o implicado neste escândalo era o marido de Elton John, David Furnish. Nas redes sociais, também se fala em Elton John e David Furnish como sendo os implicados.
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O facto de os nomes terem sido publicados nos EUA mas não poderem ser divulgados no Reino Unido, mesmo após as notícias norte-americanas, não só indignam alguns meios de comunicação como levam outros a dizer mesmo que a lei é "uma farsa".