Queimado: onde o mar e o fogo se encontram

O restaurante Queimado, depois de passar pelo Bairro Alto, instalou-se na praia Norte da Costa da Caparica até novembro. Apresenta uma carta maioritariamente de peixe e vegetais, além dos cocktails. A essência mantém-se: a cozinha no fogo.

Com vista direta para a praia, o Queimado é um restaurante descontraído, onde é possível beber, comer e ainda ouvir música. Uma cozinha de fogo que usa produtos frescos, naturais e sazonais, na Costa de Caparica, mais precisamente na praia Norte, mais conhecida por praia do CDS.

Shay Ola, o nome por detrás do Queimado, um chef acidental, como o seu nome do instagram indica, já passou por Inglaterra, França, Alemanha e agora permanece em Portugal, mas sempre com a temática de pop-ups, restaurantes temporários. Começou com churrascos no seu bairro em Inglaterra, tornando-se popular por isso e chegando a juntar cerca de 300 pessoas. Cozinhar pelo dinheiro ou pelo negócio nunca foi o seu lema. O chef segue-se pela criatividade na cozinha.

Para ele, o fogo e o mar estão interligados naturalmente. E a localização do seu restaurante um fator importante. "O primeiro restaurante que tivemos foi muito o meu espaço e depois tivemos estes pop ups noutros sítios. A localização começou a ser um factor para ver como as pessoas reagem à nossa comida. O tipo de ambiente e a nossa conexão com a comida é algo central", diz Shay Ola numa conversa com o DN durante o almoço no restaurante.

O Queimado está agora no espaço do Palms Dr. Bernard, depois de passar pelo Bairro Alto em 2019, distribuído por duas salas interiores, uma delas envidraçada e com vista para o paredão e outra encara de frente o mar. "A marca deles (Palms Dr. Bernard) tem sido sempre à volta de divertimento e convidar as pessoas para o espaço deles. Foi assim que nos conhecemos. Tudo o que temos aqui no espaço é nosso. Nós, restaurante independente, mas neste espaço", explica Shay Ola.

O menu vai sendo adaptado consoante o clima, a estação do ano e o local onde o restaurante está a funcionar. Mas a essência é sempre a mesma: a cozinha de fogo, no carvão. Nada de churrascos, porque o objetivo é ser sofisticado na utilização do fogo.

Uma carta maioritariamente à base de peixe e vegetais com apenas uma opção de carne no menu, o Cachaço de Porco Preto, acompanhado com berbigão e batatas (15€). Um dos best seller do Queimado é a sandes de lula frita, alface iceberg e maionese de limão (10 €), devido à proximidade da praia. Existem ainda outras opções de peixe como o prato de alcachofras, um vegetal não muito usado na cozinha portuguesa, com sardinha curada e pimentão marinado (7 €) e o lírio, laminado e servido como o sashimi, acompanhado com morango fermentado e pepino (12 €).

Nos pratos com vegetais estão disponíveis opções como tomate grelhado com rodelas de ameixa e rabanete de volta do próprio molho do tomate (8 €) ou couve coração grelhada com um molho picante feito a partir de frutos do mar e coentros, uma influência asiática no prato (8 €) ou, ainda, courgette com queijo fresco feito pelo próprio chef a partir de leite de vaca e ervas aromáticas (7€).

O menu tem por vezes opções de dois pratos do dia feitos pelo chef para evitar desperdício e sobra de alimentos.

Para terminar a refeição, há ainda duas opções de sobremesa: um gelado de melão e lúcia-lima com pequenos pedaços de melão (5€), perfeito para limpar o palato depois da refeição; e um guloso gelado de Fior di Latte, com pedaços de ananás, molho chocolate branco e pedaços de amendoim (6€).

Para acompanhar a refeição, outra especialidade da casa, sugerem-se os muitos cocktails com nomes relacionados com música - como o Pink Floyd (10€) com mezcal, morango, baunilha e menta - em que é possível notar a veia artística de Shay Ola, ligado à área do design e música. Há ainda opções de mocktails, vinhos naturais e cervejas artesanais.

Aos fins-de-semana chegam os DJ sets e pequenos concertos com curadoria do próprio chefe. "Eu espero que as pessoas vejam o Queimado como um local agradável e de boas-vindas. Nós gostamos de mostrar aquilo que fazemos. A marca é uma jornada, a minha jornada. Não é um produto acabado, vai sempre mudar. Espero que as pessoas gostem. Aqui podes ter muito boa comida, mas também podes ficar muito bêbado e fazeres uma festa muito grande se assim o quiseres", afirma Shay Ola.

O Queimado vai estar na Costa da Caparica até novembro, estando desde já prometido o seu regresso àquela praia no verão de 2023 com mais novidades gastronómicas.

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