"O meu ADN é misturar o casual com o clássico, desconstrui-lo. É o que gosto de transmitir"

Luís Carvalho apresentou a nova coleção para o outono/inverno 2023 na ModaLisboa e o DN conversou com o designer sobre a sua inspiração e como mantêm o clássico como linha orientadora do seu trabalho.

Qual foi a inspiração para criar esta coleção?

A inspiração, como diz o nome, é o touch, o toque, a pele, a superfície da pele, a união das várias tonalidades de pele numa só, quase que união é o tema da coleção. Usei isso como construção das peças, no recorte e na construção dos casacos e das calças. Tinha referência numa artista que os quadros têm a ver com a silhueta feminina. Portanto há muito esta forma orgânica na construção de todas as peças.

Porquê Caroline Walls?

Foi a imagem de um quadro dela que me surgiu quando estava a tentar criar um conceito. Vi a imagem e achei que conseguia construir uma coleção interessante à volta disso e então consegui criar uma história. O tipo de peças que fiz mais no final do desfile eram muito referência a essas obras de arte dela.

Qual o papel da forma feminina na coleção?

Aqui é mais só em termos de inspiração de construção de peças e não de forma de peças. Porque as peças são todas muito unissexo, quase toda a coleção é unissexo. Todos os fatos e calças são construídos de forma a serem usados por homens e por mulheres. Portanto a forma feminina aparece mais como esta forma orgânica e no recorte das peças.

Mantém este formato clássico mas inovando um pouco.

É um bocado o meu ADN. Misturar o clássico com o casual, desconstrução das peças, o desconstruir o clássico. É isso que tento fazer sempre nas minhas coleções. Tanto ter um fato com umas chunky boots, ou um vestido de noite com umas chunky boots. É isso que eu gosto e que quero transmitir com as minhas coleções.

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