A mais recente vaga de lançamentos tecnológicos trouxe uma funcionalidade com impacto direto na segurança pessoal: a comunicação por satélite autónoma em smartwatches. Com o lançamento dos seus novos modelos, o Apple Watch Ultra 3, que chega ao mercado esta sexta-feira, e o Pixel Watch 4, à venda já em outubro, tanto a Apple como a Google posicionam estes dispositivos como novas referências para os seus respetivos ecossistemas, iOS e Android.Até agora, a capacidade de contactar os serviços de emergência a partir de uma área remota estava, por norma, dependente de um telemóvel de topo. Essa barreira foi agora ultrapassada. Tanto o modelo LTE, do Pixel Watch 4, como o novo Apple Watch Ultra 3 integram a tecnologia necessária para se ligarem diretamente a satélites, permitindo o envio de mensagens de emergência sem cobertura móvel ou um smartphone por perto.É esta nova camada de segurança, combinada com as funcionalidades das suas plataformas, que os define como modelos de referência. Do lado da Google, o Pixel Watch 4, disponível em dois tamanhos (41 e 45mm), é um upgrade relativamente à versão anterior. O seu ecrã Actua 360, com um brilho de 3000 nits, equipara-se ao do concorrente. No interior, o processador Snapdragon W5 Gen 2 é responsável pelo desempenho do dispositivo, dando suporte à principal novidade de software: a integração com o assistente IA Gemini.A isto somam-se as funcionalidades de monitorização de saúde da Fitbit, com sensores atualizados para análise do sono e gestão de stress.Do outro lado, o Apple Watch Ultra 3 reforça a sua posição como o dispositivo de escolha “natural” para os utilizadores de iPhone. Ao adicionar a autonomia de satélite a uma estrutura de titânio, bateria de duração anunciada de 36 horas e funcionalidades para mergulho e montanhismo, a Apple completa a sua oferta para este segmento.Contudo, a diferenciação entre os produtos não se limita à conectividade. A Apple introduziu no seu novo modelo uma nova função de saúde preventiva: a notificação de risco de hipertensão. No entanto, o sistema não mede a tensão arterial com valores sistólicos e diastólicos, como já fazem alguns modelos da Huawei. Em vez disso, usa os sensores óticos de ritmo cardíaco para monitorizar, ao longo do tempo, padrões nas artérias que os algoritmos da empresa associam a risco de tensão alta. Quando deteta uma tendência, o relógio notifica o utilizador. O Pixel Watch 4 não possui, de momento, esta funcionalidade.