A Phillips in Association with Bacs & Russo e a Vacheron Constantin anunciaram, no início de outubro que vão estrear a alta relojoaria nos chamados Concursos de Elegância – mais conhecidos no setor automóvel dos clássicos, por exemplo. O evento celebrará “a arte, a preservação e o significado cultural da história da relojoaria”, escreve a relojoeira no mesmo comunicado em que anuncia que a iniciativa culminará num evento a acontecer em Genebra, no final do próximo ano.O objetivo deste Concours d’Élégance é prestar homenagem aos colecionadores e conhecedores de relógios da marca suíça – que este ano celebrou 270 anos num evento que se estendeu durante vários dias entre Paris e Genebra.“Como entusiasta de longa data dos Concours d’Élégance no mundo dos automóveis clássicos, há muito que sonhava em trazer este conceito para a alta relojoaria”, justificou Aurel Bacs, Consultor Sénior, Phillips in Association with Bacs & Russo. “Congratulo-me pelo facto de a Vacheron Constantin ter aceitado o nosso convite para apoiar o primeiro Concours d’Élégance do mundo dedicado aos relógios e aguardo com expectativa as descobertas inspiradoras e as conversas eruditas que surgirão dos relógios inscritos neste concurso””, adiantou ainda o responsável no mesmo comunicado..Este concurso vai ser presidido por um júri internacional composto por especialistas, colecionadores e personalidades relevantes da indústria, e vai reconhecer elogios de pulso e de bolso excecionais que tenham sido produzidos pela Vacheron até 1999.Aurel Bacs e Christian Selmoni, Diretor de Estilo e Património da Vacheron Constantin, serão os presidentes do júri. “A Vacheron Constantin tem o prazer de se associar à Phillips para apresentar este Concours d’Élégance inaugural, um tributo aos apaixonados conhecedores e colecionadores que constituem o coração da nossa Maison”, afirmou Selmoni, “Após as celebrações do nosso 270.º aniversário, este evento permite-nos homenagear ainda mais aqueles que preservam e apreciam a arte duradoura da Vacheron Constantin. Encarna o espírito de excelência e de dedicação ao património relojoeiro que nos define. Também vemos isto como uma excelente oportunidade para interagir com membros de comunidades exclusivas como o Hour Club, promovendo ligações mais profundas com aqueles que partilham o nosso apreço pela alta relojoaria”. . Aniversário com pompa e circunstânciaA Vacheron Constantin celebrou, no passado mês de setembro, 270 anos de história num evento que juntou trabalhadores, clientes, jornalistas e especialistas do setor. E no qual o DN marcou presença, como único meio generalista nacional.Durante quatro dias, em que aproveitou para apresentar a sua mais recente obra – La Quête du Temp, um relógio autómato com mais de um metro de altura e 140 kg, levou mais de sete anos para ser desenvolvido e que está em exposição no Museu do Louvre – a Vacheron convidou um grupo restrito de pessoas a recordar a sua história, as suas mais impressionantes complicações, e a fazer uma verdadeira viagem no tempo e pelo tempo.Foi entre esculturas e bailados que os convidados jantaram no Museu do Louvre, depois de apresentada a La Quête du Temp, que com 6293 componentes, 23 complicações e 15 patentes, se tornou facilmente na peça central de uma sala do museu onde gravitam muitos outros relógios. De bolso, de cozinha, de tempos mais ou menos imemoriais, todos eles com a contribuição dos mais experientes e reconhecidos mestres relojoeiros.Depois disso, a Vacheron Constantin decidiu juntar a música à manufatura e convidou os presentes a fazer uma visita à sede da relojoeira – perto de Genebra, na Suíça. Um lugar geralmente reservado aos olhares do público, mas cujas portas se abriram para deixar vislumbrar parte do trabalho de precisão que os mestres relojoeiros desenvolvem dentro do edifício que toma a forma da Cruz de Malta, imagem de marca da Vacheron. Com música composta para a ocasião, as melodias foram acompanhando os movimentos dos muitos artesãos que deixaram espreitar aquele que é um trabalho minucioso e de elevada precisão. .Reservada continuou a sala mais exclusiva da empresa, o ateliê onde nascem os Les Cabinotiers, as peças mais especiais da marca. Não há duas iguais, podem ser feitas por encomenda e tudo é feito à mão. As novidades, que deverão chegar ao mercado ainda este ano, continuam guardadas a sete chaves até os responsáveis da relojoeira acharem que é hora de os olhos mais curiosos as verem. Se acontecer como nos anos anteriores, a maior parte das peças já deverá estar reservada, uma vez que muitas delas são feitas por encomenda de clientes habituais da casa. O anúncio de que agora se lança no mundo dos Concursos de Elegância marca mais uma fase na evolução da Vacheron que, a caminho do tricentenário, se tem recusado a ficar parada no tempo – como um relógio que não deixa de avançar, certo e seguro nas suas horas..Vacheron Constantin chega aos 270 anos com receitas de mil milhões de euros