Quer ver os dragões de Komodo? Terá de pagar 1000 dólares

Autoridades indonésias reverteram decisão de encerrar a ilha de Komodo aos turistas para proteger os animais.
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Até agora, bastavam dez dólares para entrar na ilha de Komodo e ver os seus residentes mais famosos: os dragões de Komodo. Mas o aumento do número de turistas - de 44 mil em 2008 para 176 mil em 2018 - levou as autoridades indonésias a, em julho, anunciar que iam proibir as entradas na ilha durante um ano para proteger os répteis e o seu habitat.

Uma decisão que agora inverteram, optando antes por obrigar que quiser visitar a ilha a pagar mil dólares (cerca de 920 euros) de quota.

"As pessoas vão ter de se tornar sócias e pagar mil dólares para poderem entrar [na ilha] durante um ano", explicou à BBC o governador regional, Viktor Bungtilu Laiskodat. Um preço que o mesmo considerou "barato" tendo em conta que permite o acesso a animais e a um habitat únicos.

Preocupados com o excesso de turismo e com a interferência que este estava a ter na reprodução dos dragões de Komodo, as autoridades indonésias sentiram-se obrigadas a agir.

Agora, com este sistema de acesso limitado, os responsáveis do governo garantem que os esforços de conservação vão ser reforçados, mas tal irá permitir aos dois mil habitantes da ilha permanecerem nas suas casas e não terem de ser realojados durante um ano, como estava previsto.

Segundo a agência de notícias estatal Antara, o sistema de acesso vai ter dois níveis: o premium, que dá acesso à ilha de Komodo, e o não premium, que dá acesso às outras ilhas do parque nacional de Komodo, onde os dragões também vivem.

Maiores lagartos do mundo, os dragões de Komodo podem crescer até aos 3 metros de comprimento. A maioria, cerca de 1700, vivem na ilha de Komodo, mas outros mil residem na ilha de Rinca, no mesmo parque natural.

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