Greve dos enfermeiros. Sindicato fala em 6000 cirurgias adiadas e número pode aumentar
A greve dos enfermeiros dos blocos operatórios dura há mais de duas semanas e cerca de seis mil cirurgias há foram adiadas. O número é avançado à TSF por Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), uma das duas estruturas sindicais que convocou a ação de protesto, iniciada a 22 de novembro estando prevista terminar no final do mês.
A possibilidade do número de cirurgias adiadas poder aumentar é uma possibilidade "muito forte" reconhece o sindicalista. "Porque não há abertura do Ministério da Saúde para negociar", afirma Carlos Ramalho.
Ao Fórum TSF garante que "os sindicatos estão sempre disponíveis para desconvocar a greve", mas têm de ter garantia "de uma negociação justa", que implica que "se cumpram leis e as promessas feitas". O descongelamento das progressões, bem como a atribuição de subsídio de função aos enfermeiros especialistas são algumas das reivindicações dos enfermeiros.
Lúcia Leite, presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), outro dos sindicatos que convocou a greve, admitiu, também ao Fórum TSF, que está em cima da mesa prolongar a greve às cirurgias programadas e alargá-la a outros hospitais. "Apelo ao governo que deixe de ter uma atitude autista e que reúna com os sindicatos", afirmou.
Na antena da rádio, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, apelou à bastonária dos Enfermeiros para exercer da sua influência para terminar com a greve. Ana Rita Cavaco respondeu que não cabe à bastonária pedir o fim do protesto, mas cabe ao governo negociar com os enfermeiros. "Se a ministra do Mar conseguiu negociar com sindicatos grevistas, a ministra da Saúde também conseguirá", argumentou.
Atualizado às 12:19.