Governo abriu concurso para contratar 86 médicos de família
O Ministério da Saúde refere que este concurso destina-se a médicos já vinculados ao Serviço Nacional de Saúde, que pretendam alterar o seu local de trabalho.
O Governo abriu um concurso para 86 vagas para a especialidade de Medicina Geral e Familiar para centros de saúde das cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS), segundo um aviso publicado na quarta-feira em Diário da República.
A nota destaca que os postos de trabalho a ocupar caracterizam-se, genericamente, pelo desempenho de funções médicas, na especialidade de Medicina Geral e Familiar.
Segundo o Ministério da Saúde, este concurso destina-se a médicos já vinculados ao Serviço Nacional de Saúde, que pretendam alterar o seu local de trabalho.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Este procedimento agora em curso vem responder às necessidades de alteração de local de trabalho que não têm sido respondidas através dos concursos de mobilidade", adianta o Ministério da Saúde em comunicado.
Segundo a tutela, foram abertas 30 vagas tanto na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale como na ARS Centro, 20 na ARS do Norte e seis na ARS Algarve, distribuídas por unidades em 33 agrupamentos de centros de saúde", refere o Ministério da Saúde em comunicado.
"Urgente necessidade de contratação dos médicos"
O prazo para apresentação de candidaturas é de cinco dias úteis, contados a partir da data da publicação do aviso no Diário da República (quarta-feira).
"O prazo de cinco dias úteis previstos para apresentação das candidaturas no âmbito do presente procedimento, fundamenta-se na urgente necessidade de contratação dos médicos que, já sendo detentores de uma relação jurídica de emprego público queiram, desta forma, alterar o seu local de trabalho, por forma a adaptar as suas necessidades àquelas que são sentidas, quer pelas populações alvo dos cuidados de saúde primários quer dos próprios serviços e respetivas equipas que integram a rede de cuidados de saúde primários", é referido.
O ministério lembra que "a atribuição de médico de família a todos os portugueses é uma das metas definidas por este Governo, tendo para esse efeito contribuído a realização anual de dois concursos para colocação de recém-especialistas".
A falta de médicos de família interessados nas vagas nesta especialidade é um problema recorrente no Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Em março, o Jornal de Notícias adiantou que no último concurso para novos médicos de família, que decorreu em dezembro de 2018, foram colocadas apenas 73 das 113 vagas abertas.
Na altura, a Associação Portuguesa de Medicina Geral, citada pelo jornal, chamou a atenção para as zonas com maiores carências como o Algarve e o Alentejo.