Enfermeiros agendam mais concentrações durante greve cirúrgica

Na primeira semana da greve prolongada, cerca de 3.000 cirurgias programadas foram adiadas e os blocos operatórios estiveram a trabalhar em serviços mínimos.
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O grupo de enfermeiros que esteve na origem da marcação da greve prolongada nos blocos operatórios agendou três concentrações para segunda-feira de manhã em alguns dos hospitais onde decorre a paralisação.

As concentrações de enfermagem vão decorrer à porta do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e do Hospital de Santo António, no Porto, e na Praça da República, em Coimbra.

Durante esta última, vão ser promovidas diversas atividades dirigidas à população, como dádivas de sangue na Carrinha Móvel do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), e rastreios de saúde gratuitos (cardiovasculares e diabetes).

As manifestações estão marcadas para as 09.00 de segunda-feira, enquanto decorre a greve cirúrgica decretada por dois sindicatos de enfermeiros, que deverá prolongar-se até ao final do ano.

Cerca de 3.000 cirurgias programadas adiadas e blocos operatórios a trabalhar em serviços mínimos foi o balanço da primeira semana da greve cirúrgica feito por fonte sindical à Lusa. Segundo a mesma fonte, a adesão "é praticamente de 100%", mas o objetivo não é ter todos os enfermeiros de greve: "É ter o número mínimo" necessário para parar os blocos operatórios".

Entretanto, o Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República considerou que é lícita a convocatória da greve dos enfermeiros, mas alertou que caso caiba a cada enfermeiro decidir o dia, hora e duração da greve, o protesto é "ilícito".

A paralisação está a decorrer no Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal.

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