Crime no espaço? NASA investiga queixa apresentada contra astronauta

Não mete sangue nem cadáveres nem um Hercule Poirot de fato de astronauta: é só a acusação a astronauta de que acedeu a conta de ex-mulher a partir da estação espacial. Mas é a primeira vez que se suspeita de um crime cometido no espaço.
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Será a primeira alegação de crime cometido no espaço e está a ser investigada pela NASA. É aliás só por isso que é notícia, já que em causa está o acesso alegadamente não autorizado da astronauta americana Anne McClain, à conta da ex-mulher, durante a sua missão de seis meses na Estação Espacial Internacional.

McClain, de 40 anos, confirmou ao New York Timester entrado na conta da ex-mulher, Summer Worden, a partir da estação mas nega que tenha feito algo de mal. Segundo ela, estava apenas a certificar-se de que estava tudo bem nas finanças de Worden, já que esta tem um filho de uma relação anterior e McClain, antes da separação, contribuía para as despesas da criança. Segundo a advogada da astronauta, a preocupação da sua cliente era ver se havia dinheiro suficiente na conta para o cuidado do rapaz.

"Ela nega terminantemente ter feito algo de impróprio", disse ao NYT a advogada, Rusty Hardin. Mas Worden, dando-se conta do acesso, apresentou queixa às autoridades bancárias e um membro da sua família comunicou à NASA a acusação de usurpação de identidade e acesso indevido a informação financeira.

McClain esteve na estação espacial desde 3 de dezembro de 2018 e fez o seu primeiro passeio espacial com o colega Nick Hague em março. Era suposto fazer o segundo no fim desse mês com uma colega, Christina Koch, no que seria o primeiro passeio espacial exclusivamente feminino, mas foi cancelado devido a problemas com os fatos espaciais.

McClain regressou à terra a 24 de junho.

As cinco agências espaciais envolvidas na construção e gestão da Estação Internacional são os EUA, Rússia, Japão, Europa e Canadá.

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