Covid: Primeiras mil mortes levaram 45 dias, para as últimas mil bastaram 12
Portugal ultrapassou as seis mil mortes por covid este sábado, 12 dias depois de ter ultrapassado a barreira dos cinco mil. As primeiras mil demoraram 45 dias a atingir
Este sábado, Portugal regista um total de 370 787 casos da covid-19 e 6063 óbitos, 12 dias depois de ter atingido as 5041 mortes devido à doença, o que aconteceu a 7 de dezembro. Significa que bastaram 12 dias para haver mais mil óbitos por SARS-CoV-2 no país, que tem vindo a progredir significativamente desde novembro na população portuguesa.
Relacionados
A 10 de novembro foi ultrapassada a fasquia dos três mil (3021), 14 dias depois a dos quatro mil (4056 a 24 de novembro) e mais 13 dias para se chegar aos cinco mil (5041 a 7 de dezembro). Tempo que tem vindo sempre a diminuir, tendo sido preciso menos um dia para atingir os seis mil, este sábado.
A progressão das primeiras duas mil foi bem mais lenta, passaram 45 dias entre a primeira morte por covid-19 (17 de março) e as 1007 (1 de maio). A 4 de outubro, Portugal chegava aos 2005, depois de um período em que o número de infetados diminuíra bastante.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
A semana entre 7 e 13 de dezembro registou o maior número de vítimas mortais que, por sua vez, teve mais 31 óbitos comparativamente ao período de 23 a 29 de novembro (425).
Dados apontam para abrandamento
Os valores dos últimos seis dias apontam para um abrandamento no número de mortes, mas só este domingo se poderá fazer o balanço final. Entre a última segunda-feira e sábado morreram 414 pessoas devido à doença.
O aumento de vítimas mortais não corresponde a uma subida da taxa de letalidade (percentagem de mortes por número de infetados). É, sim, consequência do aumento significativo de pessoas infetadas, tendo em conta apenas as estatísticas. As infeções duplicaram entre 9 de novembro (183 420) e 19 de dezembro (370 787).
A letalidade é atualmente de 1,6 %, a mesma que na semana anterior, com a última semana de novembro a chegar às 1,5 % em 268 721 infetados. As taxas mais elevadas foram atingidas em maio, mês em que morriam 4,2 dos doentes.
Também eram realizados menos testes, embora Portugal tenha recuperado relativamente a outros países europeus. Realizaram-se 595 testes por milhão de habitantes, mais do que em França (464), Suécia (394), Itália (414), Espanha (533), Alemanha (381), Holanda (306) e Bélgica (563).
Comparando os dias 19 de dezembro e de agosto, mês em que a percentagem de novos casos era muito baixa, o total de contaminados passou de 54 701 para 370 787, o que significa 8,5 vezes mais. Nesse dia de agosto, tinham morrido 1786 pessoas devido à doença, uma taxa de 3,3%. A nível dos óbitos, a subida foi de 2,4 vezes.
Portugal está longe dos países europeus onde o SARS-CoV-2 tem matado mais pessoas. Regista 595 mortes por um milhão de habitantes, muito abaixo da França (925), Reino Unido (986), Espanha (1046), Itália (1133) e Bélgica (1586).