Voto obrigatório

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O presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César, tem vindo a insistir na necessidade de introduzir o voto obrigatório como forma de melhorar a qualidade da democracia portuguesa.

Parece que a insularidade turvou seriamente a visão política daquele governante e dirigente partidário. O sr. Carlos César está profundamente equivocado. Não é levando os portugueses a votar à força que se melhora a democracia. Essa melhoria só será conseguida mudando de política e de políticos.

Se os portugueses se abstêm de votar e se alheiam da actividade política, é porque já não acreditam em políticos venais que prometem e não cumprem; que se servem do povo em vez de o servir; políticos que não combatem a corrupção e o compadrio; políticos que depois de exercerem funções públicas se "transferem" para as empresas privadas, que muitas vezes tutelaram, passando a auferir chorudos proventos.

Quem deteriora a qualidade da democracia são estes políticos que nos submergem em sucessivas crises, que vão destruindo qualquer esperança de dias melhores.

Ao sr. Carlos César e políticos afins devia ser sugerido e imposto não o voto obrigatório mas sim o recolher obrigatório.

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