CGD nega negociações sobre fusão ZON/Sonaecom
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) nega que o banco estatal tenha "mantido quaisquer conversações nos últimos meses" sobre uma possível fusão entre a ZON e a Sonaecom.
Em declarações à agência Lusa, Faria de Oliveira acrescenta ainda que "não faz sentido alimentar especulações" sobre esta matéria porque, no que diz respeito à CGD, não existe qualquer contacto para uma possível negociação de uma fusão entre as duas operadoras de telecomunicações.
Questionado se outros accionistas da ZON estariam em contactos com a operadora liderada por Ângelo Paupério, o presidente da CGD afirma não saber "se essa situação aconteceu ou não".
O Diário Económico escreve hoje em manchete, citando Faria de Oliveira, que a fusão entre a ZON e a Sonaecom continua em aberto.
O presidente da CGD sublinha à Lusa que a possível fusão "é um assunto recorrente, uma questão que, ciclicamente, é abordada pelos media, a partir por vezes de interpretações de pequenas declarações, sobre o qual o conselho de administração da ZON tem respondido oportunamente".
O banco estatal, que detém directa e indirectamente 17,66 por cento da ZON e é o maior accionista da operadora, terá sempre uma palavra fundamental na alegada operação de concentração.
As acções da ZON têm estado a subir nas últimas sessões de bolsa, seguindo hoje a ganhar 2,53 por cento para 4,299 euros.
Os títulos da Sonaecom continuam a bater recordes, principalmente desde que Paulo Azevedo, presidente da Sonae SGPS, se pronunciou sobre uma eventual fusão das duas empresas.
Paulo Azevedo admitiu, na quinta-feira, que a operação poderia avançar ainda este ano, mas, ao final do dia, num comunicado à CMVM, foi desmentida a existência de negociações. Desde as declarações de Paulo Azevedo, a Sonaecom já subiu 12 por cento em bolsa.
As acções da empresa de telecomunicações do grupo Sonae estão com uma valorização de 111% desde o início do ano, tendo mais que duplicado o seu valor.
AJG/ALU
Lusa