diario-de-noticias
Secos e molhados
Fantástica a entrevista com o general Governo Maia, que conheci era ele
capitão de cavalaria em serviço na Polícia Militar e eu alferes
miliciano. Era um oficial de carreira que era respeitado pela sua gente
e dignificava o corpo militar que dirigia. Não sabia que tinha sido
dele a ideia de enfrentar a rebeldia com jactos de água, evitando assim
que alguém se magoasse ao mesmo tempo que, como lhe competia, fazia
prevalecer a vontade governativa.
Gostei de verificar também que o sr. general não deixou de assumir a sua autoria, agora e na altura da sua vergonhosa comemoração. O que teria acontecido se a manifestação ficasse em vez de molhada seca, e fosse por diante certamente adicionando algumas vítimas molhadas com sangue! Penso que as polícias deviam estar gratas ao sr. general e deixarem-se de recordações tristes. Não vejo o que possa haver para comemorar!