Cheias de 1967
Destruição. A enxurrada provocada pelas chuvadas de 25 de Novembro de 1967 atingiram sobretudo as zonas baixas de Lisboa, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Alenquer. As cheias arrastaram carros, árvores, animais e destruíram pontes, casas e estradas. No dia seguinte, os meios de socorro revelaram-se incapazes de prestar o apoio às populações atingidas e a sociedade civil mobilizou-se para ajudar as vítimas.
Buscas. Bombeiros, Marinha, Exército e funcionários da Junta Autónoma de Estradas participaram nas operações de socorro. No meio universitário de Lisboa nasceu um movimento de solidariedade que prestou a assistências às vítimas.
Caos. Prédios destruídos, condutas rebentadas, avenidas transformadas em rios foram algumas das consequências das cheias que fizeram com que a região da Grande Lisboa ficasse irreconhecível. As comunicações foram interrompidas e os transportes públicos ficaram paralisados.
Pobreza. As inundações de 1967 denunciaram a miséria em que a população da Grande Lisboa vivia. A maioria das vítimas habitava em barracas construídas nos leitos de cheias.
Rios de água e de lama. Em várias zonas da cidade de Lisboa só se passava de barco. Na Avenida da Liberdade ou na Praça de Espanha, a água cobriu sinais de trânsito e arrastou automóveis. A Avenida de Ceuta, em Alcântara, esteve submersa e o mar de lama desceu até à Avenida da Índia. Na estação de Santa Apolónia, centenas de pessoas ficaram retidas nas carruagens porque a água submergiu a linha férrea.