O antigo presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) Álvaro Sobrinho foi esta segunda-feira multado em 204 euros por ter faltado à primeira sessão do julgamento em que responde por 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento.Álvaro Sobrinho, de nacionalidade angolana e a residir em Angola, tinha contestado, num requerimento remetido pela sua defesa a validade, a validade por apenas 90 dias do visto concedido para comparecer em Portugal para o julgamento, mas o argumento foi rejeitado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa.O julgamento tem 45 sessões agendadas até ao fim do ano."Sendo portador de um visto, ainda que de prazo inferior, não se entende existir qualquer impedimento [à presença no julgamento]", considerou o presidente do coletivo de juízes.O magistrado decidiu condenar Álvaro Sobrinho em duas unidades de conta, o que, segundo o valor fixado para 2025, corresponde a 204 euros..Caso BESA: Álvaro Sobrinho contesta comparência em julgamento com visto de curta duração. O tribunal rejeitou ainda o pedido do arguido para acompanhar o julgamento por videoconferência.Dos cinco arguidos, estão ainda ausentes esta segunda-feira, com autorização do tribunal, o ex-banqueiro Ricardo Salgado, por sofrer de Alzheimer, e o empresário luso-angolano Helder Battaglia, por residir em Angola.Na sessão da manhã, estão presentes os restantes dois acusados: Amílcar Morais Pires, considerado o ex-braço-direito de Ricardo Salgado, e o ex-administrador do Banco Espírito Santo (BES) Rui Silveira.Em causa neste processo está, nomeadamente, o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BES Angola em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário.No total, os arguidos terão obtido vantagens ilícitas no valor de cerca de cinco mil milhões de euros e de mais de 210 milhões de dólares..Ricardo Salgado dispensado de comparecer em julgamento no caso do BES Angola