Visitas a Zelensky e Putin, OE parte II e novo duelo Macron-Le Pen em semana de adeus a Eunice
Boris Johnson foi a Kiev saudar o "povo de ferro" ucraniano
A visita foi surpresa: Boris Johnson viajou de Londres para a Polónia, de onde apanhou um comboio até Kiev. Na capital ucraniana, o primeiro-ministro britânico fez um curto passeio pelas ruas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky - como se vê num vídeo posteriormente divulgado. Durante o frente a frente entre os dois, Boris anunciou a entrega a Kiev de 120 veículos blindados e sistemas de mísseis antinavio e antitanque, além de um novo financiamento de 500 milhões de dólares, que se junta a um anterior de igual valor. Num outro vídeo, divulgado após a visita, Boris surge dentro do comboio e presta homenagem ao "povo de ferro" ucraniano. "Chamam-vos o "povo de ferro". Está relacionado com o vosso trabalho, mas reflete a vossa mentalidade, que estão a mostrar ao resistir à terrível agressão russa".
Macron-Le Pen: o mesmo duelo, um cenário diferente
Cinco anos depois, Emmanuel Macron volta a enfrentar Marine Le Pen na segunda volta das presidenciais francesas. Mas se a dupla de candidatos que se vai defrontar a 24 de abril é a mesma, o cenário mudou muito. Após um primeiro mandato marcado pelos protestos dos coletes amarelos, pela covid e agora pela guerra na Ucrânia, o candidato da République en Marche já não é o jovem presidente (o mais jovem de sempre em França) que encarnava as esperanças. Quanto a Le Pen, até o nome do partido mudou, a líder do Rassemblement National (ex-Frente Nacional) suavizou o discurso, sobretudo em relação à saída do euro, mas o seu projeto de revisão da Constituição através de referendos é denunciado como um "golpe de Estado". Num país em que dois terços dos votos foi para os extremos (à direita e à esquerda) e que assistiu ao fim dos partidos tradicionais, o resultado da segunda volta é bem mais incerto do que em 2017. E muito dependerá de para onde pendem os apoiantes de Jean-Luc Mélenchon, o líder da França Insubmissa, terceiro, com quase 20% dos votos.
O encontro "franco e duro" do chanceler austríaco com Putin
Foram 75 minutos de um encontro "muito direto, franco e duro" com Vladimir Putin. Foi assim que o chanceler austríaco, Karl Nehammer, descreveu o seu encontro com o presidente russo em Novo-Ogariovo, uma residência presidencial nos arredores de Moscovo. "Abordei os graves crimes de guerra cometidos em Bucha e em outros locais e sublinhei que os responsáveis devem prestar contas", explicou o chefe do governo austríaco, o primeiro líder da UE a ter um encontro pessoal com Putin desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Antes, Nehammer esteve na Ucrânia, onde se reuniu em Kiev com o presidente Zelensky, e visitou diversas localidades perto da capital onde existem indícios de mortes de numerosos civis às mãos do Exército russo.
Boris e ministro das Finanças multados no Partygate
A Polícia Metropolitana de Londres anunciou ter emitido mais de 50 novas multas a funcionários do governo britânico por infrações das normas de contenção da covid-19, depois da realização de festas em Downing Street durante a pandemia. E o primeiro-ministro Boris Johnson, bem como o seu ministro das Finanças (e seu potencial sucessor, segundo os media britânicos), Rishi Sunak, foram dois dos notificados pelas autoridades policiais. O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, logo recorreu ao Twitter para garantir que Johnson e Sunak "devem demitir-se". O Partygate causou uma onda de indignação entre os britânicos, impedidos de se encontrar com amigos e familiares durante vários meses em 2020 e 2021, para conter a propagação da covid-19 e confrontados com a hipocrisia do seus governantes.
OE2022 parte II. Seis meses, uma guerra e uma maioria depois
Seis meses, um novo Governo - este de maioria absoluta do PS - e uma guerra separam esta da última Proposta de Orçamento para 2022. Uma proposta cujo chumbo levou a eleições antecipadas. Agora, o novo ministro das Finanças socialista, Fernando Medina, estreou-se com uma entrega e apresentação ao início da tarde - ao invés do habitual horário noturno. Da anterior proposta ficou a recuperação pós-pandemia, enquanto o destaque desta versão foi o mitigar do "choque geopolítico". Os sindicatos já fizeram ouvir as suas crítica e a oposição denuncia falta de ambição. A aprovação, essa, desta vez está garantida.
Moreira da Silva avança no PSD contra Montenegro
"Candidato-me à liderança do PSD por sentido de responsabilidade", garantiu Jorge Moreira da Silva, confirmando uma já dada como certa candidatura à liderança do PSD nas diretas de 28 de maio. A apresentação pública da candidatura será na próxima segunda-feira, mas para já o antigo primeiro vice-presidente do PSD e antigo ministro é o único adversário declarado do antigo líder parlamentar Luís Montenegro. E para os que duvidam da sua capacidade para vencer, fontes sociais-democratas lembraram ao DN que Moreira da Silva tem mais apoio do que se pensa e que "a ala rioísta", ou seja, os mais próximos de Rui Rio, e muitos passistas, estarão do seu lado da barricada. A ver vamos quem irá liderar o partido em tempos de maioria absoluta do PS de Costa.
Adeus a Eunice Muñoz, a atriz sinónimo de teatro
Começou a fazer teatro aos 13 anos e em novembro de 2021 subia ao palco do D. Maria II para celebrar os 80 anos de carreira e agradecer ao público que sempre a "acarinhou e aplaudiu. Ao lado teve a neta, Lídia Muñoz, para representar a peça A Margem do Tempo. Eunice Muñoz morreu esta sexta-feira, aos 93 anos. Com ela desapareceu uma referência do teatro português. E as reações não se fizeram esperar - das autoridades políticas, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a agradecer-lhe "décadas inesquecíveis" em nome de todos os portugueses, ao mundo das artes, com Ruy de Carvalho a despedir-se da velha amiga no Facebook com um "Tu serás eterna".