A estrada que liga Almada à Costa da Caparica, conhecida por via rápida, vai passar a ter quatro vias de trânsito em cada sentido, obra que começa em 2 de outubro e que deverá terminar em maio de 2025..A informação foi avançada por um representante da empresa Autoestradas do Baixo Tejo durante a reunião da Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, na segunda-feira, alertando para o impacto que a obra terá na gestão rodoviária daquela via e das vias anexas..A empresa Autoestradas do Baixo Tejo é subconcessionária da Infraestruturas de Portugal responsável pela gestão de um conjunto de vias na margem sul do Tejo, entre as quais o IC20, ou seja a chamada via rápida da Costa da Caparica..Segundo João Portela, a obra terá de ser realizada para dar cumprimento a uma obrigação do contrato que prevê que quando atingisse determinado limite de fluxo diário de circulação teria de ser feito um aumento no número de vias..O IC20 regista anualmente um tráfego médio diário superior a 60 mil veículos..O aumento de três para quatro vias por sentido será realizado entre o Centro Sul e o nó das Casas Velhas (Universidade), numa extensão de 3,9 quilómetros..A intervenção será dividida em oito fases e prevê ainda o aumento de duas para três vias na saída da rotunda do Centro Sul para o ramo de acesso a Lisboa, a construção de um novo ramo de acesso no sentido Costa -- Almada e o aumento para duas vias dos ramos de ligação do IC20 à A33 no nó de Casas Velhas (junto à Universidade Nova) de e para Almada..Ainda no âmbito desta obra, que começa no dia 02 outubro com a montagem do estaleiro, mas cujos efeitos se começam a sentir no final de outubro ou inicio de novembro, está prevista a relocalização de algumas paragens de autocarro.."Temos profunda noção de que é uma obra com impacto na gestão rodoviária daquela via e das vias anexas. É impossível contornar esta situação", disse, adiantando que a empresa quer com o município de Almada construir uma ponte de comunicação para mitigar os impactos..Após a apresentação, a presidente da Câmara Municipal de Almada fez também referência ao impacto desta obra na circulação rodoviária.."Não nos vamos iludir. São obras de um eixo estruturante. O IC20 não vai fechar, mas vai ter impacto numa via já muito carregada e está tudo mobilizado para ao longo da obra ir trabalhando alternativas para minimizar o impacto", disse Inês de Medeiros..A autarca reconheceu a importância da obra, mas lembrou que não é suficiente para compensar a necessidade de uma nova travessia entre a margem norte e a margem sul.."Quero deixar claro que esta obra não vai resolver em nada aquilo que é uma prioridade até para a criação de um metro entre a margem sul e a margem norte, além da Fertagus, e é nessa perspetiva que temos estado em conversações com o município de Oeiras e com o anterior executivo da Câmara Municipal de Lisboa e com o atual", disse.