Uma execução memorável em Londres, escreveu um reputado crítico do “Daily Telegraph”.É com estas palavras de incontido orgulho pátrio que o DN assinala, na sua edição de 19 de janeiro, a digressão do pianista português por terras do Reino Unido e as críticas positivas que granjeou. .“Há poucos meses, em Londres, Sérgio Varella Cid executou o “Concerto nº 3” de Rachmaninov. Foi “uma execução memorável”, assim a considerou Peter Stadlen, de que respigamos, da sua crítica no “Daily Telegraph”, o seguinte passo: “Talvez deliberadamente, este extraordinário jovem pianista exprimiu facetas contrastadas no estilo aristocrático e contido do próprio Rachmaninov, como o frenesim fanático de Horowitz”..A interpretação do grande pianista português do “3º Concerto” de Rachmaninov constitui um dos motivos porque o público de Lisboa aguarda com manifesto interesse a próxima a próxima série de concertos no Coliseu dos Recreios, com a New Philarmonica Orchestra, dirigida por Lorn Maazel, os cantores Pilar Lorengar, Kerstin Meyer, Josephine Veasey, Werner Holweq Veriano, Luchetti e Hans Sotin e o New Philarmonia Chorus..Esta série de concertos no Coliseu que entusiasmavam os melómanos tinham o patrocínio do “Diário de Notícias”. .Sérgio Varella Cid tem uma carreira internacional sobejamente conhecida. Atuou como solista com todas as grandes orquestras inglesas e levou a sua arte a todas as latitudes da União Soviética aos Estados Unidos, da África ao Brasil. Obteve as distinções mais ambicionadas por qualquer pianista, como os primeiros prémios nos concursos internacionais Vianna da Motta, Magda Laghafero em Paris em Paris e no de Bilbau, e o Grande Prémio Alfredo Casell em Nápoles. .Nome prestigiosos do mundo Sérgio Varella Cid dará a este acontecimento a participação brilhante a que nos habituou e que lhe tem merecido os rendidos aplausos das plateias mais exigentes. .A carreira de Varella Cid acabou em junho de 1981. Desapareceu da sua residência em São Paulo. O célebre pianista português era um jogador inveterado, e constava que estava envolvido em negócios de contrabando. Nunca mais foi visto. Viria ser dado oficialmente como morto.