Quando foi a fuga? O caso aconteceu na manhã de sábado (dia 7 de setembro). Os sistemas de videovigilância captaram a fuga dos cinco presos pelas 09.56, mas somente 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas, é que os guardas deram pela falta dos presos e então soaram os alarmes. Quem fugiu? Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, cidadãos portugueses, Shergili Farjiani da Geórgia, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e Mark Cameron Roscaleer, do Reino Unido. Com idades entre os 33 e os 61 anos. Quais crimes cometeram? As condenações são por crimes diversos: tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais. As penas variam entre os sete e os 25 anos de prisão. Com fugiram? Através do lançamento, a partir do exterior, de uma escada, utilizada para escalar o muro da prisão. Quantos guardas estavam de serviço? Segundo o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa, 33 guardas prisionais estavam no local. A penitenciária possui capacidade para 560 reclusos. Houve ajuda externa na fuga? As autoridades estão a investigar o assunto. Segundo Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), já foi detetado “que todos os pormenores [da fuga] foram preparados ao mínimo detalhe” e que tudo foi “organizado com ajuda do exterior”, que estariam à espera do lado de fora com automóveis para a fuga. O sindicato dos trabalhadores prisionais classificou a situação de “ridícula fuga”. Houve demora para alertar a GNR e a PJ? A demora pode ter sido entre um a duas horas, tempo crítico que pode ter comprometido a captura dos fugitivos, como revelou o DN no domingo. A Direção-Geral dos Serviços Prisionais confirmou a este jornal que este é um dos aspetos em investigação no inquérito que instaurou. Quem está a investigar a fuga? Há uma cooperação de todas as forças de segurança, inclusive internacionais, na captura dos criminosos. O que diz o Governo? A ministra da Justiça vai pronunciar-se hoje, em conferência de imprensa. Qual o grau de periculosidade dos criminosos que fugiram? “Estamos a falar de indivíduos extremamente perigosos, que tentaram fugas anteriormente”, resumiu , Rui Abrunhosa diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, em conferência de imprensa. Apenas um dos indivíduos não possui no cadastro um registo de crime violento. Os demais, sim, e são “muito violentos, com enorme capacidade de mobilidade”.O argentino Rodolfo Lohrman, conhecido como “El Ruso”, já foi um dos homens mais procurados da Argentina e oferecia-se uma recompensa de 10 mil dólares. Na ficha criminal constam crimes com emprego de violência, como sequestro. A população deve preocupar-se? “A população que se abstenha de ter qualquer ato de contacto com estas pessoas”, alerta Luís Neves, diretor da Polícia Judiciária.