A direção-executiva do SNS está esta terça-feira, 9 de dezembro, reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.“Posso dizer que é o principal problema neste momento no SNS. Aquilo que mais preocupa a direção-executiva neste momento é a situação da ULS Amadora Sintra e, em especial, do Hospital Fernando da Fonseca”, disse esta terça-feira o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).À margem de uma visita ao Hospital Póvoa de Varzim, onde acompanhou a ministra da Saúde, Álvaro Almeida disse que está a decorrer uma reunião na ULS Amadora-Sintra para definir medidas de médio e longo prazo para resolver os tempos de espera nas urgências.“Temos algumas hipóteses, mas estamos a ver com o conselho de administração quais é que são viáveis, quais é que podem ser implementadas imediatamente. São soluções de médio prazo e também soluções de longo prazo”, disse Álvaro Almeida.Questionado sobre os tempos de espera nas urgências, o diretor-executivo reconheceu que há falta de profissionais na ULS, fator que afeta tanto os serviços hospitalares como os cuidados primários, logo não se resolve exclusivamente com alargamento de horários nos centros de saúde.“No Amadora Sintra há um problema e há um problema sério”, admitiu.Na realidade, o tempo de espera tem sido muito grande nas urgências daquela unidade hospitalar, sendo que na manhã desta terça-feira os doentes com pulseira amarela chegaram a ter um tempo de espera de cerca de 12 horas até serem atendidos, segundo dados do portal do SNS.De acordo com a informação consultada pela agência Lusa, cerca das 11h00, 17 doentes triados com a pulseira amarela (urgente) no Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) tinham de aguardar 11 horas e 25 minutos para uma primeira observação, enquanto os quatro considerados muito urgentes (pulseira laranja) tinham de aguardar 55 minutos.No Hospital Santa Maria, em Lisboa, 18 doentes urgentes enfrentam um tempo de espera de uma hora e 41 minutos para a primeira observação, enquanto no Hospital Garcia de Orta, em Almada, os 12 doentes que se encontram no serviço de urgência geral com pulseira amarela (urgente) tinham de esperar pelo menos uma hora e 30 minutos. Os doentes com pulseira laranja estavam com 24 minutos de espera.No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, o portal do SNS indicava que, às 11h00, nove doentes urgentes aguardavam pouco mais de uma hora para a primeira observação, enquanto os dois com pulseira laranja tinham um tempo de espera estimado em 35 minutos.Por comparação, a Norte, no Hospital São João, no Porto, os nove doentes com pulseira amarela aguardavam cerca de uma hora e os dois que tinham recebido pulseira laranja tinham de aguardar 35 minutos.Segundo o sistema de triagem, as situações muito urgentes (pulseira laranja) têm um atendimento recomendado nos 10 minutos seguintes à triagem, enquanto os casos urgentes (amarela) são de 60 minutos e os pouco urgentes (verdes) de 120 minutos.As autoridades de saúde apelam aos utentes para que, antes de se dirigirem à urgência hospitalar, contactem telefonicamente o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde - SNS24 (808242424), de modo a evitarem deslocações desnecessárias às urgências..Urgência geral do Hospital Amadora-Sintra com tempo de espera de 17 horas.Gripe preocupa e leva Governo a anunciar reforço de meios. DGS aconselha máscaras