Tripulantes da aviação aprovam adesão à greve geral de 11 de dezembro

Tripulantes da aviação aprovam adesão à greve geral de 11 de dezembro

Participaram na votação 2.802 sindicalizados, dos quais 2.305 votaram a favor da adesão, 320 contra e 177 abstiveram-se.
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Os tripulantes de cabine representados pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovaram esta segunda-feira, 24 de novembro, em assembleia-geral de emergência, a adesão à greve geral de 11 de dezembro.

De acordo com o comunicado enviado aos associados a que a Lusa teve acesso, participaram na votação 2.802 sindicalizados, dos quais 2.305 votaram a favor da adesão, 320 contra e 177 abstiveram-se.

A assembleia de emergência foi convocada após o sindicato ter acusado o Governo de chamar “reforma” ao que considera ser “o desmantelamento das garantias laborais”, no âmbito do anteprojeto de revisão ao Código do Trabalho.

Num comunicado emitido na semana passada, o SNPVAC tinha defendido que o executivo “não está a reformar o Código do Trabalho, está a testar o país”, apontando que as alterações propostas têm “repercussões enormes no setor da aviação”.

O sindicato rejeitou as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que acusou as centrais sindicais CGTP e UGT e os sindicatos de “oportunismo político”, por terem convocado uma greve geral conjunta.

Para o sindicato, tal acusação revela “uma visão profundamente injusta e desrespeitosa sobre o papel do movimento sindical”, ao mesmo tempo que o Governo “tenta transformar os sindicatos em inimigos da economia”.

“Não há modernidade quando se legisla contra quem trabalha. E não há diálogo social quando o Governo responde à contestação com acusações de oportunismo”, sublinhou a estrutura sindical no comunicado emitido a 19 de novembro, considerando que o anteprojeto do Governo de revisão laboral “é um retrocesso civilizacional sem precedentes e que nem sequer está alinhado com as economias que este Governo tem como referência”.

A CGTP e a UGT anunciaram uma greve geral para 11 de dezembro contra a proposta do Governo, naquela que será a primeira paralisação conjunta desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da 'troika'.

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