Terminou simulação da NASA que pôs seis pessoas a viver como em Marte
Chegou ao fim este domingo a missão de isolamento mais longa da NASA: durante um ano, seis pessoas viveram fechadas numa espécie de cúpula no Havai e só podiam vir para o exterior equipadas com fatos de astronauta, para simular a experiência de viver em Marte.
Os participantes ficaram instalados na Montanha Mauna Loa, no Havai, porque as condições do solo da região são consideradas equivalente àquelas que seriam encontradas no planeta vermelho. Dada a altitude, não há praticamente vegetação na área e as seis "cobaias" não tinham acesso ao ar fresco, a comida sem conservantes ou mesmo privacidade. Foram obrigados a gerir recursos durante o período que durou a experiência e a trabalhar para evitar conflitos entre eles.
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O estudo, que foi conduzido pela universidade do Havai, foi financiado pela NASA e trata-se da segunda simulação mais longa deste género: a primeira foi uma simulação russa que durou 520 dias, ultrapassando o 365 dias em que estes seis indivíduos estiveram confinados a um pequeno espaço que foi Marte durante um ano inteiro.
A equipa, segundo a BBC, era constituída por um astrobiólogo francês, um físico alemão e quatro americanos: um piloto, um arquiteto, um jornalista e um geólogo. Cada um tinha direito apenas a uma pequena cama e uma secretária no quarto. Entre os mantimentos disponíveis, havia iguarias como atum enlatado ou queijo em pó.
Esta simulação ultrapassou mesmo as missões na Estação Espacial Internacional, que têm habitualmente a duração de seis meses.