Momentos de alguma tensão marcaram o final da manifestação de protesto, em frente à Assembleia da República, quando alguns manifestantes começaram a atirar garrafas para as escadarias do Parlamento. Outros, alguns deles de cara tapada, acenderam pequenos fogos, queimando tarjas e cartazes. Entre cânticos e palavras de ordem, estas ações geraram alguma preocupação junto das forças policiais que, em dia de greve geral, monitorizaram todo o país, mas sem evoluir para incidentes de maior gravidade. Foram cerca de 200 pessoas, os responsáveis, diz fonte oficial da PSP ao DN. Segundo a polícia, a greve geral decorrera até então “com tranquilidade”, registando apenas cinco ocorrências significativos durante a madrugada e manhã — casos rapidamente resolvidos. No Porto, cerca de 200 grevistas bloquearam a Rua Central de Francos pelas 00h43 desta madrugada, situação que terminou sem relevância às 02h00, numa tentativa de impedirem a saída de viaturas dos STCP. Ainda durante a madrugada, ocorreram ainda pequenos focos de tensão em pontos da Área Metropolitana de Lisboa: em Loures, na Nacional 10, junto à entrada da Rodoviária, um piquete tentou impedir a saída de veículos pesados; situação semelhante foi registada na Musgueira, envolvendo viaturas da Carris e obrigando, neste caso, à criação de um cordão policial. Já em Alverca, um grupo de grevistas tentou impedir a entrada de trabalhadores num supermercado.Em Lisboa, logo às 09h00, uma manifestação não comunicada junto à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova foi igualmente controlada.E na véspera da greve, pelas 22h30, foi ainda registada uma ocorrência na fábrica da Bosch, com uma tentativa de obstrução de entradas e saídas.Apesar destes episódios, ao início da noite, a PSP reforça a "pouca relevância" dos incidentes registados, garantindo no entanto que a polícia se encontra ainda a monitorizar o país, sobretudo a Baixa de Lisboa.