Surto de hepatite A em Setúbal com cerca de 20 casos, um em estado grave
A Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA) informou esta quarta-feira que está a acompanhar um surto de hepatite A, que já terá afetado cerca de 20 pessoas, uma das quais em estado grave, numa comunidade de Setúbal.
A ULSA refere, em comunicado, que “até à data, não foi estabelecida associação com o eventual consumo de alimentos específicos ou água contaminada”.
“A maioria dos casos são adolescentes com uma média de idade de 12 anos. Até ao momento, foi identificado um caso mais grave que permanece internado”, pode ler-se na nota.
Fonte do Hospital de São Bernardo, principal unidade hospitalar da ULSA, indicou posteriormente que o caso mais grave é de uma menina, que foi transferida para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde está internada.
A ULSA adianta que está a reforçar medidas de saúde pública para conter a transmissão da doença e já iniciou uma campanha de vacinação de crianças que terão estado em contacto com aquelas que contraíram a doença em contexto escolar.
A vacinação está a ser levada a cabo na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de São Sebastião, estando agendada para esta quarta-feira uma segunda sessão vacinal.
“Paralelamente, estão a ser divulgadas medidas de prevenção à comunidade educativa envolvida e organizadas sessões de esclarecimento, destinadas a encarregados de educação, para esclarecer as dúvidas existentes”, adianta a nota, que dá conta de que “foi também solicitada a colaboração de entidades externas de apoio social”.
A ULSA alerta para a importância do cumprimento rigoroso de medidas como “lavagem das mãos antes e depois das refeições, higienização dos espaços de confeção de alimentos, cuidados reforçados com a higiene pessoal, especialmente da região genital e perianal, antes e após o uso de instalações sanitárias e após relações sexuais” e salienta que “a vacinação contra a hepatite A (após avaliação e risco de exposição realizada pela autoridade de saúde) e a adoção de boas práticas de higiene pessoal, familiar e doméstica continuam a ser as formas mais eficazes de prevenir a doença”.