O presidente do Chega, André Ventura, anunciou hoje que vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre "o combate aos incêndios" desde 2017 até hoje, desafiando o PSD a "ir mais longe"..André Ventura falava aos jornalistas no parlamento depois de o PSD ter anunciado que vai entregar ainda hoje uma proposta de criação de uma comissão eventual para avaliar o sistema de proteção civil e a prevenção e combate aos incêndios de 2024..O líder do Chega afirmou que tem "vontade e disponibilidade de criar e desenvolver iniciativas que apurem responsabilidades e acompanhamento do que aconteceu no combate aos fogos" e elogiou a iniciativa do PSD, mas desafiou os sociais-democratas a "ir mais longe".."Porém, entendemos que devemos ir mais longe e que o que deve ser criada não é uma comissão eventual mas é uma comissão parlamentar de inquérito aos fogos dos últimos anos em Portugal desde 2017 [ano dos incêndios em Pedrógão Grande] até ao dia de hoje", anunciou..André Ventura afirmou que, caso a proposta seja chumbada, o partido vai avançar com um pedido de caráter obrigatório, que só terá efeito na próxima sessão legislativa, que tem início em setembro de 2025, uma vez que na atual sessão o partido já forçou a comissão parlamentar de inquérito às gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma..Sete pessoas morreram e 166 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas..A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional..Um fogo que deflagrou hoje em Sedielos, Peso da Régua, no distrito de Vila Real, ameaçou casas e mais que duplicou o número de operacionais nas últimas horas, que pelas 22:45 eram 153, ajudados por 48 meios terrestres..De acordo com o segundo comandante sub-regional do Douro, José Requeijo, o incêndio terá evoluído desfavoravelmente "pelas condições do próprio terreno e dos combustíveis".."Houve umas habitações e uma povoação que esteve ameaçada, mas fruto do esforço e do empenho das forças que estavam no terreno e dos operacionais, conseguiu-se evitar qualquer dano", detalhou à Lusa..No entanto, apesar do aumento do número de meios no terreno, o combate estava "a decorrer favoravelmente" pelas 22:45, estando a ser reorganizadas as forças no terreno.."Aguardamos que nas próximas horas tenhamos melhores notícias", até porque "há uma previsão que, durante o período da madrugada, haja entrada de precipitação ou, pelo menos, um nível de humidade maior e descida de temperaturas", apontou..Essa poderá ser "uma janela de oportunidade" para debelar este incêndio, dando "alguma acalmia e tranquilidade" no combate a este incêndio, que se iniciou pelas 09:31 de hoje..Pelas 18:00, este incêndio mobilizava 62 operacionais e 17 veículos..Seis frentes ativas continuam a preocupar a proteção civil no concelho de Castro Daire, sendo a que está na freguesia de Moledo a "mais preocupante", disse hoje o presidente do município..Cerca das 21:30, o presidente da Câmara de Castro Daire, no distrito de Viseu, afirmou que a situação estava "mais favorável" no concelho, apesar de admitir que "não significa que a situação não seja muito preocupante".."Temos seis frentes ativas em vários pontos do concelho. A mais preocupante continua a ser na zona de Aguadalte, Casais do Monte e Covelo de Paiva [na freguesia de Moledo] e temos também na freguesia de Cabril e na serra do Montemuro", apontou Paulo Almeida..Ao longo do dia as frentes variaram entre 12 e 10, o que torna a atual situação "ligeiramente melhor", no entender do autarca que tem como preocupação também "os reacendimentos que têm acontecido".."As condições climatérica também estão a ajudar um bocadinho, porque apesar de ser melhor a perspetiva, continua a ser preocupante", sublinhou..Paulo Almeida disse ainda que as localidades onde se situam as frentes ativas "não estão propriamente em risco, mas os ventos podem mudar e ficarem em risco, mas, para já, não estão".."Nós estamos a contar que, durante a noite, começamos a conseguir controlar estas frentes. É esta a nossa perspetiva. Existe também a perspetiva que possa haver a ocorrência de alguns aguaceiros que podiam vir a ajudar e, juntamente com o trabalho dos operacionais no terreno, debelarmos este incêndio durante a noite", desejou..O autarca disse ainda que, durante o dia de hoje, "não se registaram danos em edifícios ou habitações, apesar de, algumas vezes, alguns terem estado em risco"..Paulo Almeida admitiu que ainda não teve oportunidade de começar a contabilizar os danos e a área ardida, mas disse saber que, "pelo menos, 70% a 75%" do território foi afetado pelos incêndios.."A agressividade deste incêndio foi tal que temos sítios em que eu olhava para lá e nunca diria que poderia passar lá um incêndio e as chamas varreram completamente o território", afirmou..Sem ter "dados concretos" sobre os bens afetados pelas chamas, o autarca sabe que "há veículos, máquinas, equipamento agrícola, barracões e estruturas agrícolas que arderam", mas, "assim que possível, o levantamento vai ser feito"..Este incêndio teve o alerta na segunda-feira, pelas 22:23, "terá chegado" a Soutelo, na freguesia de Mões, por um que deflagrou em Vila Nova de Paiva e, hoje, pelas 22:00, mobilizava 820 operacionais apoiados por 260 veículos..Um segundo incêndio no distrito de Castro Daire deflagrou na terça-feira, pelas 13:46 em Moção, na freguesia de Pinheiro, serra de Montemuro, que alastrou a São Pedro do Sul e Arouca, e hoje, pela mesma hora, mobilizava 115 operacionais apoiados por 38 veículos..O Parque Biológico de Gaia vai reabrir na sexta-feira após ter sido encerrado, por precaução, na segunda-feira devido aos incêndios que lavravam na região, confirmou hoje fonte oficial da autarquia gaiense..Fonte oficial da câmara municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, confirmou à Lusa a reabertura do parque sediado na freguesia de Avintes e cuja área se estende até Vilar de Andorinho..A decisão de encerrar por precaução foi avançada na segunda-feira por fonte camarária antes do início da reunião do executivo municipal, que decorreu sem a presença do presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), que estava a acompanhar o combate às chamas no concelho..Sete pessoas morreram e 166 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas..A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional..Um dos incêndios que lavram em Castro Daire, no distrito de Viseu, encontrava-se ao início da noite de hoje com "cerca de 10 frentes ativas com pouca intensidade", disse o comandante nacional de emergência e proteção civil.."A noite ainda vai ser de muito trabalho, em particular na região de Viseu Dão Lafões e também na Área Metropolitano do Porto, no incêndio de Arouca, Alvarenga [distrito de Aveiro]. São incêndios que ainda estão ativos", afirmou o comandante nacional André Fernandes..Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20:00 do combate aos incêndios que lavram desde domingo nas regiões do Norte e Centro de Portugal continental, o comandante nacional destacou um dos incêndios em Castro Daire, indicando que "tem cerca de 10 frentes ativas com pouca intensidade", esperando que a situação meteorológica "mais favorável" possa ajudar no combate..André Fernandes disse que a noite desta quinta-feira e a madrugada de sexta-feira serão "uma janela de oportunidade para estabilizar ao máximo" os incêndios ativos, para que na sexta-feira "o maior número de frentes esteja já dominado" e se possa "dar estes incêndios também como perfeitamente estabilizados, ou seja, dominados"..Os incêndios que lavram em Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Águeda e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, estão "completamente dominados", disse hoje o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.."O complexo de incêndios entre a Área Metropolitana do Porto e Aveiro -- Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Águeda, Albergaria - está completamente dominado", afirmou André Fernandes, numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa)..De acordo com o comandante, "houve várias reativações" destes fogos, "mas foram sendo dominadas ao longo do dia".."O complexo de incêndios está dominado e estabilizado", reforçou.. Três frentes estão ativas em São Pedro do Sul, uma "mais preocupante", perto de Sobral, além de outra, vinda de Arouca, disse o presidente da Câmara, acreditando, contudo, que o fogo seja controlado pela manhã..Cerca das 19:30, o presidente do Município de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, disse à agência Lusa que o incêndio que "herdou" do concelho vizinho de Castro Daire, também no distrito de Viseu, está agora com "uma frente nova a chegar de Arouca, município da Grande Área Metropolitana do Porto, que também foi atingido pelo incêndio de Castro Daire.."Essa é uma frente que está muito perto de nós, depois tenho três ativas dentro do meu concelho: em Fujaco, freguesia de Sul, Gourim, em São Martinho das Moitas e Sobral/Mosteirinho, que é a que está a preocupar mais", descreveu..Vítor Figueiredo adiantou que "não há populações em perigo, nem isoladas e as estradas estão todas reabertas" e que a frente na zona de Sobral "vai ser atacada nas próximas horas com um reforço de meios".."Temos muitos meios, tanto de operacionais como de veículos, para podermos atacar essa frente de fogo. Neste momento, não está vento e se assim se mantiver estou convicto que até amanhã [sexta-feira] de manhã isto fica controlado. Só espero é que não venha o vento e que isto não mude e, infelizmente, tudo isso é possível", afirmou..O presidente daquele município da região de Lafões disse que, por aquela hora, cerca das 19:30, os meios aéreos já tinham recolhido, "mas estão no terrenos [estavam] mais de 550 operacionais"..De acordo com o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio que deflagrou na segunda-feira, em zona de mato no concelho de Castro Daire e atingiu São Pedro do Sul no dia seguinte, estava, pelas 19:45, a ser combatido por 412 operacionais, apoiados por 124 viaturas..A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse que hoje se viveu uma tarde de sobressalto com as várias reativações registadas no concelho.."A partir aproximadamente das 16:30 voltamos a este filme de terror. Em cada sítio que estamos começa uma frente de incêndio e este sobressalto outra vez quando se aproxima das localidades e das casas", afirmou Ana Rita Dias..A autarca falava à agência Lusa em Raiz do Monte, aldeia que viu aproximar-se uma das frentes da reativação do fogo de Vreia de Jales, enquanto uma outra seguiu para Quintã.."Também tivemos uma reativação em Soutelinho do Mezio, na freguesia de Telões, em que entretanto está dominada. Não está totalmente fechada porque estão lá meios para acabar com essa frente que se abriu durante a tarde", salientou..Em Sabroso de Aguiar, acrescentou, o fogo ainda não está totalmente controlado. "Aqui não perto das habitações, mas agora no sentido de não passar para o concelho de Chaves. Também está com duas frentes, uma do lado de Sabroso e outra do lado de Freixeda", afirmou..E continuou: - "Estamos apreensivos com o decorrer destas operações, porque o tempo não é estável, o vento também não está só num sentido, vai virando e, portanto, tudo pode acontecer com as condições meteorológicas que temos neste momento", frisou..Ana Rita Dias realçou que hoje foi possível, no entanto, contar com o apoio dos meios aéreos, que foram acionados para os incêndios de Sabroso de Aguiar e de Vreia de Jales.."Pedimos mais reforços por causa destas reativações e, de facto, foi uma mais valia termos aqui os meios aéreos para este combate inicial e, agora fazer, este trabalho de terreno com as corporações que temos aqui para nos apoiar", referiu..Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), este incêndio de Vreia de Jales mobiliza, pelas 20:00, 46 operacionais e nove viaturas..O incêndio em Sabroso de Aguiar mobilizava pelas 20:15 113 operacionais, 36 viaturas..O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira em Bornes de Aguiar, e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com mais três fogos em Sabroso de Aguiar, Telões e Vreia de Jales, com as chamas a manterem-se ativas até hoje..Um relatório preliminar indica que os incêndios que deflagraram no concelho de Vila Pouca de Aguiar na segunda-feira queimaram uma área de cerca de 8.000 hectares de floresta, mato e propriedades agrícolas..Ardeu uma habitação em Zimão, deixando um idoso desalojado, foram também atingidas cinco casas devolutas, vários armazéns agrícolas, um armazém industrial e uma estufa..A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém havia afirmado esta quinta-feira que tentou contactar a ministra da Administração Interna a procurar ajuda no combate aos incêndios, mas que esta tinha o telemóvel desligado..Contudo, Margarida Blasco esclareceu que não recebeu qualquer telefonema e que obteve a informação de que o “número que lhe foi dado não era” o seu..A governante garantiu que o Governo "acompanha de perto" as incidências "desde a primeira hora", deu conta que manteve Luís Montenegro sempre informado e que estabeleceu contactos com Espanha e Marrocos para procurar ajuda..A ministra da Administração afirmou esta quinta-feira em conferência de imprensa que “nestes dias mais críticos tivemos o maior dispositivo de incêndios alguma vez mobilizado neste país”..Margarida Blasco defendeu-se das críticas de silêncio ao longo destes dias críticos, frisando que não devem ser feitas intervenções “desadequadas” no teatro de operações e a nível comunicacional. “Há um tempo para prevenir, agir e falar”, vincou, manifestando ainda “profundo e sentido pesar” às famílias afetadas..Margarida Blasco anunciou ainda que, embora "muitos dos fogos" tenham "origem criminosa", foi agendada uma reunião entre Governo, PSP, PJ e GNR para segunda-feira às 15:30, para apurar uma eventual negligência na prevenção de incêndios..A Ucrânia ofereceu um avião de combate a incêndios ucraniano AN-32P, com uma equipa, para apoiar Portugal.A revelação foi feita na rede social X pelo novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha: "A Ucrânia está solidária com o seu amigo Portugal. Vemos os socorristas portugueses a lutar contra os incêndios florestais mortais. Sob as instruções de Zelensky, o Ministério dos Assuntos Internos ofereceu um avião de combate a incêndios ucraniano AN-32P, com uma equipa, para apoiar estes esforços Paulo Rangel.". A presidente da Direcção da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes admitiu hoje que a vaga de incêndios dos últimos dias afetou algumas zonas de produção de vinho verde, mas garante que há seguro de colheitas..À margem da Conferência "Desafios e oportunidades para o setor do vinho" em Portugal, que decorreu hoje na Aula Magna da Universidade Portucalense, a presidente da Direcção da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Dora Simões avançou hoje à Lusa que houve alguns incêndios em zonas como Amarante, Celorico, e Baião em que houve "um ou outro foco que aconteceu em algumas zonas de vinho verde"..No entanto, Dora Simões sublinhou que os incêndios afetaram "mais zonas de floresta" e "não teve impacto significativo nas áreas de vinha"..A presidente da CVRVV) acrescentou que as áreas de vinha são todas cobertas por um seguro coletivo de colheitas que a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes tem para todos os produtores..No caso de haver alguma incidência de incêndio nalguma área de vinha, esses produtores de vinho verde "estarão cobertos por um seguro de incêndio coletivo da região, o que de alguma forma minimiza um pouco o impacto económico perdido de algum tipo de produção", declarou, reiterando que não foram "significativos na área da vinha" e que tal foi mais visível "nas áreas florestais e de zonas baldios da região..Na Conferência, organizada pela Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), e que decorreu na Aula Magna da Universidade Portucalense, vários intervenientes destacaram a necessidade delinear uma resposta "robusta" para a crise que está a assolar nos últimos anos a fileira do vinho português, designadamente através de mais controlo e fiscalização, bem como montando um fluxo de informação em cada adega, ou mesmo criando um observatório para criar maior transparência na produção nacional e na importação de vinho..Alguns dos intervenientes no debate foram Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, Francisco Toscano Rico, Andovi (congrega as entidades públicas e privadas a quem cabe representar, certificar e promover as Denominações de Origem Vitivinícolas Portuguesas), Dora Simões, Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, Francisco Mateus, Comissão de Viticultura da Região do Alentejana, Rodolfo Baldaia de Queirós, Comissão de Viticultura da Região da Beira Interior, Anselmo Mendes, produtor, ou António Sucena Cláudio, do Fórum Unidos pela Vinha de Portugal..O presidente da Câmara de Baião reafirmou hoje que o concelho viveu "dias de tragédia" com os incêndios dos últimos dias, mas prometeu não atirar a toalha ao chão, num cenário de determinação da autarquia para ajudar as pessoas.."Estamos todos desolados com o que aconteceu, porque nunca tínhamos visto nada assim, mas não podemos atirar a toalha ao chão, porque é isso que as pessoas esperam de nós", afirmou Paulo Pereira..Falando de um cenário com vastas áreas queimadas que tem observado hoje um pouco por todo o território de Baião, no interior do distrito do Porto, acentuou, porém, que já está a trabalhar com as juntas de freguesia e as equipas do município no que vai acontecer nos próximos dias..Uma das grandes prioridades, apontou, tem a ver com todos os procedimentos, incluindo burocráticos, para garantir rapidez na compensação dos prejuízos de particulares e empresas, no âmbito do estado de calamidade determinado pelo Governo..Paulo Pereira disse não ter ainda dados precisos sobre a área ardida, mas fala de milhares de hectares em várias freguesias do concelho, incluindo na serra da Aboboreira (Paisagem protegida), na sequência dos dois grandes incêndios que lavraram no território, desde segunda-feira, e hoje dados como extintos, a partir de Gôve, no primeiro caso, e de Gestaçô, no segundo..Veículos, casas e explorações agrícolas contam-se entre os prejuízos mais significativos, além da floresta.."Queremos, acima de tudo, deixar uma mensagem de esperança, de que todos juntos vamos conseguir ultrapassar esta situação", exclamou..O presidente da câmara quis também enaltecer o trabalho realizado pelos agentes de proteção civil, no combate ao fogo e no apoio às populações, "muitas vezes em circunstâncias dramáticas". .Deixou também uma palavra de agradecimento a todos os munícipes que, "com coragem", se empenharam, ao ajudarem no combate aos incêndios e na defesa dos bens da comunidade.."A população teve um papel fundamental, sobretudo num cenário em que os meios de combate, incluindo aéreos, não eram suficientes", acentuou..A autarquia, avançou, já está também a trabalhar para rapidamente repor vários equipamentos e materiais que foram destruídos pelas chamas, nomeadamente contentores do lixo, paragens de autocarro, sinalização e outros espaços públicos..Também a floresta da serra da Aboboreira, onde a autarquia tinha plantado recentemente 9.000 árvores, agora consumidas pelo fogo, vai merecer uma atenção especial para acelerar a sua reflorestação, prometeu..Uma reativação em Vreia de Jales, Vila Pouca de Aguiar, está a queimar mato na zona da aldeia de Raiz do Monte e está a ser combatido por 42 operacionais e dois helicópteros, segundo a Proteção Civil..O incêndio deflagrou em Quintã, Vreia de Jales, na segunda-feira, entrou em resolução na quarta-feira, mas sofreu uma reativação pelas 17:30 de hoje..Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), este incêndio mobilizava, pelas 18:30, 42 operacionais, 40 viaturas, oito viaturas e dois helicópteros..O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira em Bornes de Aguiar, e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com mais três fogos em Sabroso de Aguiar, Telões e Vreia de Jales, com as chamas a manterem-se ativas até hoje..Ativo continua também o incêndio em Sabroso de Aguiar, que mobiliza 121 operacionais, 43 viaturas e dois helicópteros médios espanhóis, que estão a atuar ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil..Um relatório preliminar indica que os incêndios que deflagraram no concelho de Vila Pouca de Aguiar na segunda-feira queimaram uma área de cerca de 8.000 hectares de floresta, mato e propriedades agrícolas..Ardeu uma habitação em Zimão, deixando um idoso desalojado, foram também atingidas cinco casas devolutas, vários armazéns agrícolas, um armazém industrial e uma estufa..Cerca de 2.000 operacionais, 603 meios terrestres e 22 meios aéreos estavam pelas 18:00 de hoje a combater nove incêndios rurais mais significativos e em curso nas regiões Norte e Centro de Portugal continental, segundo dados da Proteção Civil..De acordo com informação disponível no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), registavam-se pelas 18:00 um total de 14 incêndios rurais considerados como ocorrências significativas (pela sua dimensão e duração), dos quais nove em curso (em evolução sem limitação de área) e cinco em resolução (sem perigo de propagação)..Esses 14 fogos rurais (de entre as três tipologias definidas pela Proteção Civil: povoamento florestal, mato e agrícola), contavam com um total de 3.191 operacionais, 948 veículos e 22 meios aéreos, segundo os dados da ANEPC..Somando as outras ocorrências, registavam-se pelas 18:00 um total de 92 incêndios em Portugal continental, que estavam a ser combatidos por 4.571 operacionais, cerca de 1.300 meios terrestres e 38 meios aéreos..A essa hora, o incêndio que mobilizada mais recursos no combate era o que deflagrou na noite de segunda-feira numa zona de mato em Soutelo, Castro Daire, no distrito de Viseu, contando com 797 operacionais (inclusive bombeiros e forças de segurança), 242 meios terrestres e 13 meios aéreos..Ainda no concelho de Castro Daire, na aldeia de Moção, encontrava-se em curso um fogo em povoamento florestal, que teve início na terça-feira e que se mantém ativo, estando a ser combatido por 125 operacionais e 41 veículos..No distrito de Viseu, estava também em destaque o fogo que deflagrou na segunda-feira de madrugada em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo, contando com 231 operacionais, 56 veículos e três meios aéreos, assim como o que de Lamego, que teve início na quarta-feira à tarde, estando com 94 operacionais e 29 meios terrestres..Dos fogos em curso, destacava-se ainda o incêndio em Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro, que deflagrou na tarde de quarta-feira e estava a ser combatido por 333 operacionais, 98 veículos e quatro aeronaves..Entre os fogos ativos mais significativos estavam também três no distrito de Vila Real, nomeadamente nos concelhos de Alijó (168 operacionais e 49 veículos), Vila Pouca de Aguiar (163 operacionais, 45 meios terrestres e dois meios aéreos), estes dois que deflagraram na terça-feira, e Peso da Régua (62 operacionais e 17 veículos), que teve início esta quinta-feira pelas 10:30..A Proteção Civil realçava, entre os incêndios ativos, um fogo em Santo Tirso, distrito do Porto, que deflagrou no início da tarde de terça-feira, mobilizando 79 operacionais e 26 veículos..Entre os cinco fogos em resolução e com destaque nas ocorrências significativas pelas 18:00 estavam os dois incêndios em povoamento florestal no concelho de Sever de Vouga, distrito de Aveiro, ambos a lavrar desde domingo, ocupando ainda cerca de 800 elementos das forças de socorro e segurança e 240 veículos..De acordo com a ANEPC, continuavam a merecer destaque, apesar de dominados, os fogos em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, com 190 operacionais e 62 veículos; em Nelas, distrito de Viseu, com 76 operacionais e 20 veículos; e em Amarante, distrito do Porto, com 65 operacionais e 22 veículos..O incêndio em Monte Córdova, resultado de um dos reacendimentos hoje verificados em Santo Tirso, foi dado como dominado pelas 17:30, revelou à Lusa o comandante dos Bombeiros Tirsenses..Com início na segunda-feira em Paços de Ferreira e passagem, depois, para Santo Tirso, o incêndio esteve dominado na quarta-feira mas teve dois reacendimentos na madrugada de hoje, em Refojos e Monte Córdova..De madrugada, cerca das 04:00, este incêndio que teve início na segunda-feira em Paços de Ferreira (Porto), reacendeu em dois pontos nas zonas de Refojos e Monte Córdova, em Santo Tirso, também no distrito do Porto..No primeiro caso, a situação resolveu-se mais cedo, mantendo-se os meios no local para combater o avanço das chamas, em mato, em Monte Córdova, acabando o incêndio, fruto de trabalho apeado, como referiu o comandante Vítor Pinto, por ser dominado pelas 17:30.."Nunca houve habitações em perigo, o fogo andou perto, mas a situação nunca se descontrolou", disse..Pelas 18:25, o dispositivo mantinha-se no local "atento a eventuais reacendimentos, em permanente vigilância", continuou o comandante..Vítor Pinto assinalou, contudo, uma preocupação relacionada com "o período imediatamente antes da chegada prevista da chuva [no final do dia de hoje]", explicando que "o vento que normalmente acompanha pode gerar alguma agitação no fogo"..Segundo a página da Proteção Civil, pelas 18:30 mantinham-se no local 79 operacionais apoiados por 26 meios terrestres..O incêndio no Alto de Fiães, em Alijó, sofreu uma reativação durante a tarde de hoje, depois de ter entrado em fase de conclusão, e está a se combatido por 173 operacionais e 50 viaturas, segundo a Proteção Civil..O fogo deflagrou pelas 18:00 de terça-feira, no Alto de Fiães, freguesia de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, esteve em resolução e reativou durante a tarde de quarta-feira, foi dado como resolvido durante a madrugada, entrou em conclusão pelas 13:00 e reativou durante a tarde..Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no combate a este fogo estão 173 operacionais e 50 viaturas..As chamas lavram numa zona de mato e de pinhal, sem colocar, segundo a fonte da Proteção Civil, aldeias em risco..No distrito de Vila Real, às 18:00 estavam ainda ativos os incêndios de Sabroso de Aguiar (Vila Pouca de Aguiar), que lavra desde segunda-feira e está a ser combatido por 163 operacionais, 45 viaturas e dois helicópteros..Estavam ainda em curso um outro fogo na Pena (Vila Real), cujo alerta foi dado às 16:52 e que mobiliza 26 homens, seis viaturas e um meio aéreo, e em Sedielos, Peso da Régua, que lavra desde as 09:30 e está a ser combatido por 67 operacionais e 18 viaturas..O incêndio em Penalva do Castelo, que teve início na segunda-feira, continua "muito ativo", disse à agência Lusa fonte do Comando Sub-regional de Viseu Dão Lafões..Contactado pela Lusa, às 17:04, a mesma fonte da Proteção Civil adiantou que não havia ainda perspetiva para o fogo entrar em resolução, pois continuava "muito ativo"..O fogo, em zona de mato, teve início na segunda-feira, às 00:15, na localidade de Miuzela, Vila Cova do Covelo/Marreco, no concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu..A página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil informava, às 17:15, que estavam no terreno 217 operacionais, apoiados por 52 viaturas e três meios aéreos..A GNR anunciou hoje a detenção de uma mulher de 71 anos, na quarta-feira, suspeita de ser a autora de um incêndio florestal, na localidade de Ameais, no concelho de Sabugal, no distrito da Guarda, após queima de sobrantes..Numa nota de imprensa, o Comando Territorial da GNR da Guarda informa que, na sequência do incêndio florestal, os elementos do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) "realizaram de imediato diligências policiais que permitiram recolher informações e determinar as causas e a autoria do incêndio"..Fonte da GNR confirmou à agência Lusa, que a mulher provocou o incêndio quando realizava uma queima de sobrantes em terreno agrícola..O alerta para o fogo não foi dado pela mesma, mas por avistamento de uma coluna de fumo, acrescentou a mesma fonte..A detida, que se encontrava no local à chegada dos militares, foi constituída arguida e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial da Guarda.."A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades da GNR, sustentada numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais", assume a GNR..O Comando da GNR insiste que "as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal" e que estão interditas "sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural 'muito elevado' ou 'máximo', estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos"..A Polícia Judiciária (PJ) já deteve pelo menos 29 pessoas por suspeitas de incêndio florestal em 2024, segundo dados fornecidos pela PJ, num registo próximo daquele que foi alcançado no mesmo período do ano passado..De acordo com as informações facultadas à Lusa, os dados consolidados da PJ indicam 20 detidos até ao final de agosto, tendo, entretanto, o órgão de polícia criminal divulgado em setembro pelo menos outros nove comunicados de detenções de suspeitos pelo crime de incêndio florestal, em localidades tão diversas como Alvaiázere, Condeixa-a-Nova, Montalegre, Braga, Mondim de Basto, Loures, Tabuaço, Murça ou Vila Nova de Gaia, no dia 17 de setembro..Os 29 detidos até à data ficam abaixo das 35 detenções efetuadas pela PJ por suspeitas de incêndio florestal entre janeiro e setembro de 2023, mas ainda restam cerca de duas semanas até ao final do mês, pelo que o número de detidos pode subir e alcançar o registo de 2023..A agência Lusa pediu igualmente os dados das detenções por suspeitas do crime de incêndio florestal à GNR e à PSP no presente ano, mas até ao momento não obteve resposta destas forças de segurança..O vereador socialista na Câmara de Arcos de Valdevez João Braga Simões defendeu hoje ser "imperioso" iniciar o processo de emparcelamento do minifúndio como forma de combater os incêndios no concelho, e propôs a criação de uma taxa turística..Numa nota de imprensa a propósito da intervenção feita na reunião camarária de hoje, João Braga Simões defendeu que "o emparcelamento do território é uma transformação necessária e positiva" para travar os incêndios no concelho que "recorrentemente tem mais incêndios e área ardida do distrito" de Viana do Castelo..O socialista considera ainda que, se o turismo, a paisagem e a natureza são "os principais trunfos" do concelho, "então é justo que este setor dê o seu contributo para a sua manutenção", pelo que sugere a criação de "uma taxa turística municipal, com um valor razoável e adaptado à realidade do concelho"..A taxa, sustenta, "poderá servir para financiar projetos de gestão agroflorestal, preservação da paisagem e proteção das espécies arborícolas autóctones"..Trata-se de "uma iniciativa com duplo benefício: promoção turística e proteção da floresta contra incêndios", observa..Por outro lado, diz, "é imperativo iniciar o processo de emparcelamento do território".."É necessário adaptar o pequeno minifúndio, dar-lhe a infraestrutura e acessibilidades e garantir-lhe viabilidade económica e investimento externo, com plena proteção e benefício para os pequenos proprietários das parcelas de terrenos. E esse trabalho é da Câmara", defendeu..Para o vereador, a estratégia da autarquia, centrada no combate aos incêndios "é comprovadamente uma estratégia que falha" sem uma "gestão eficaz do território, trabalho de sapa, apoio às populações nas suas atividades agropastoris tradicionais que são, de fato, o que mantém o território e a sua paisagem".."Mas também é necessário inovar nas propostas, criar condições para que o concelho se torne atrativo naquele que é um setor incontornável para as nossas características geográficas, o setor primário, agrícola e florestal", afirmou..A 04 de setembro, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves (PSD), pediu ao secretário de Estado da Proteção Civil o "reforço de policiamento e investigação" para travar os fogos com "origem criminosa" que têm assolado o concelho.."Tudo indica que é fogo intencional e de origem criminosa pelas circunstâncias em que ocorreu, a hora a que ocorreu, a forma como o fogo evoluiu. A informação que me vão dando é que será essa a origem deste e de muitos outros. Temos de ter uma ação concertada de forma que se consiga travar estas pessoas que têm intenções que são efetivamente criminosas", afirmou à agência Lusa..O autarca disse existir "um número muito elevado de incêndios" no concelho, sendo que "a esmagadora maioria, segundo o sentimento geral, tem origem criminosa"..Também o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez disse, na ocasião, que o elevado número de incêndios registados todos os anos no concelho é "uma falha grave" que merece "reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil".."Ano após ano, Arcos de Valdevez continua a ser destacadamente o concelho com o maior número de incêndios a nível nacional. É raro falhar a medalha de ouro nesta trágica estatística. Há assim uma falha grave que tem de ser objeto de reflexão por todos os que constituem a Proteção Civil, principalmente a nível municipal", afirmou Germano Amorim, citado numa nota hoje enviada à imprensa..Germano Amorim defende um "reforço significativo do financiamento, a montante e a jusante, em Arcos de Valdevez, que se encontra em pleno Parque Nacional Peneda Gerês (PNPG)"..O executivo de Arcos de Valdevez é composto por cinco eleitos do PSD e dois do PS..O secretário de Estado da Agricultura afirmou hoje, em Espanha, que o desinteresse pelo mundo rural é um dos fatores que potenciam os incêndios, defendendo a necessidade de criar incentivos para fixar a população.."As pessoas, ao longo dos últimos anos, foram-se desinteressando pelas atividades rurais, pelo mundo rural, foram abandonado. As parcelas foram ficando cada vez mais pequenas, desinteressantes para qualquer tipo de produção, e aquilo que temos é que criar incentivos para fixar pessoas à terra, dar alento e atratividade para o mundo rural", referiu João Moura, em declarações aos jornalistas, em Cáceres, Espanha, à margem do Congresso Ibérico Agropecuário e Florestal (CIAF)..De acordo com o governante, o "expoente máximo" deste desinteresse passa, por exemplo, pelos cursos de formação agrária, que ficaram com vagas por preencher, mas também pela "falta de afirmação da agricultura" face a outros setores da sociedade..O secretário de Estado da Agricultura disse que o Governo tem vindo a reunir-se com as escolas profissionais agrícolas e com o ensino superior agrário, uma prática que referiu não ter acontecido nos últimos anos..Conforme apontou, as 14 escolas de ensino profissional não eram recebidas pelo Ministério da Agricultura, que não definia estratégias e conteúdos programáticos, e, por sua vez, no Ministério da Educação eram vistas como "o patinho feio", uma vez que estavam desintegradas do resto da formação curricular..João Moura assegurou que o executivo tem vindo a incentivar os jovens para que estes tenham orgulho naquilo que é produzido em Portugal e nas boas práticas utilizadas.."Temos de passar a mensagem de que não somos desfavoráveis a quem tem tendências alimentares diferentes àquilo que é normal no ser humano. Respeitamos tudo, mas não podemos deixar que essas tendências tentem condicionar o que é uma prática normal, nomeadamente o consumo de carne. Temos de ter muito orgulho na carne que produzimos e em quem consome carne", rematou..O incêndio que deflagrou na terça-feira na zona de Sobreira, em Paredes, no distrito do Porto, foi hoje dado como extinto, deixando uma área ardida de 1.300 hectares, avançou a proteção civil concelhia.."Os danos ainda estão a ser apurados e contabilizados com as juntas de freguesia, mas sabemos que arderam anexos de casas, maquinaria, equipamentos agrícolas e há perdas de animais", lê-se numa nota enviada à agência Lusa..Segundo aquela informação, as áreas mais afetadas pelo incêndio foram as localidades de Sobreira e Aguiar de Sousa, no sul do concelho..Apesar da dimensão da área ardida, "não houve registo de primeiras habitações totalmente ardidas, apenas com danos no exterior", acrescenta..Nas operações de rescaldo ainda estão mobilizados alguns meios, nomeadamente duas dezenas de bombeiros e oito veículos..O vento forte, que projetava as chamas a grandes distâncias em diferentes direções, foi o principal obstáculo no combate ao incêndio que deflagrou às 05:21 de terça-feira, chegando a envolver cerca de 130 bombeiros no combate..Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas..A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional..Dois helicópteros reforçaram esta tarde o combate ao incêndio em Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, que mobiliza 143 operacionais e 40 viaturas, segundo a Proteção Civil..O fogo que deflagrou em Sabroso de Aguiar lavra desde segunda-feira numa zona de pinhal, tendo-se aproximado desta localidade, onde queimou um armazém..Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), este incêndio mobilizava, pelas 16:08, 143 operacionais, 40 viaturas e dois helicópteros que estão a realizar descargas num local onde as chamas ficaram mais ativas..No local é possível verificar que está uma tarde de muito vento e muito fumo..O alerta para o primeiro incêndio em Vila Pouca de Aguiar foi dado pelas 07:30 de segunda-feira em Bornes de Aguiar, e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com mais três fogos em Sabroso de Aguiar, Telões e Vreia de Jales, com as chamas a manterem-se ativas até hoje..Esta tarde foi dado o alerta para mais um fogo neste concelho, em Alfarela de Jales, para onde foram mobilizados 32 operacionais, mas que já está em fase de conclusão..Um relatório preliminar indica que os incêndios que deflagraram no concelho de Vila Pouca de Aguiar na segunda-feira queimaram uma área de cerca de 8.000 hectares de floresta, mato e propriedades agrícolas..Ardeu uma habitação em Zimão, deixando um homem desalojado, foram também atingidas cinco casas devolutas, vários armazéns agrícolas, um armazém industrial e uma estufa..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas zonas atingidas pelos incêndios nos últimos dias, nas regiões norte e centro, já arderam 100.492 hectares..As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa, Viseu Dão Lafões e Área Metropolitana do Porto, que totalizam 100.492 hectares de área ardida, 83% da área ardida em todo o território nacional..De acordo com o sistema Copernicus, que recorre a imagens de satélite com resolução espacial a 20 metros e 250 metros, a contabilização do total de área ardida desde domingo chega aos 121.342 hectares..O incêndio que lavrou nos últimos dias no concelho de Albergaria-a-Velha deixou desalojadas pelo menos 40 famílias e causou danos em seis empresas, informou hoje aquela autarquia do distrito de Aveiro..Num primeiro balanço feito à Lusa, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, disse que até às 13:00 os serviços camarários já tinham contactado 39 famílias que foram afetadas pelos incêndios.."Destas 39 famílias, 34 estão em casa de familiares, duas em casa de amigos, uma numa casa cedida e duas famílias em parte da casa que não ardeu", referiu o autarca, adiantando que há ainda uma outra família que se encontra hospitalizada..O presidente da Câmara disse ainda que, no mesmo período, já tinham sido contactadas seis empresas afetadas, umas que foram destruídas totalmente e outras parcialmente, sendo que estas últimas ainda mantêm a laboração de uma forma condicionada..A PSP apreendeu na quarta-feira à noite dois bidões com material inflamável que foram encontrados junto a uma zona florestal em Ovar no distrito de Aveiro, informou hoje aquela força policial..Em comunicado, a PSP esclareceu que os bidões foram detetados por agentes da Esquadra de Ovar, durante uma missão de prevenção criminal junto de zonas florestais, na sequência da grave situação desencadeada pelos incêndios no distrito..Segundo a Polícia, os referidos bidões estavam "abandonados na berma de uma estrada situada no limite da área florestal, próxima a uma zona residencial e comercial da cidade".."Os bidões, que estavam dissimulados entre ervas, foram apreendidos como medida cautelar", refere a mesma nota..A Proteção Civil indicou hoje que as próximas 12 horas "ainda vão ser complexas" em relação aos incêndios, mas alertou para a chuva forte que pode provocar deslizamento de terras nas zonas afetadas pelos fogos dos últimos dias.."A situação do ponto de vista meteorológico durante o dia de hoje tende a ter uma melhoria em relação aos incêndios rurais, contudo as próximas 12 horas ainda são complexas. Com esta alteração da meteorologia é expectável que possa haver algum vento intenso. Quem está no terreno, os operacionais e a população, têm de ter atenção às rotações dos ventos e às alterações das frentes do fogo que ainda estão ativas", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil..Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Carnaxide, Oeiras, para fazer um ponto de situação dos incêndios que lavram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo, André Fernandes avançou que a "situação meteorológica vai alterar-se ao longo dia de hoje, a partir das 20:00", estando previstos aguaceiros que vão começar na região sul do país e estender-se gradualmente para as zonas centro e norte..O comandante nacional alertou para que sejam tomadas algumas medidas preventivas sobretudo nas zonas afetadas pelos incêndios, onde a chuva poderá ser "pontualmente forte" na sexta-feira e sábado..Segundo André Fernandes, as áreas afetadas pelos incêndios rurais vão ficar sem coberto vegetal, ficando assim "mais expostas e vulneráveis à precipitação" e pode "ocorrer o arrastamento de objetos soltos para as vias rodoviárias" e deslizamento de terras..A Proteção Civil indicou hoje que estão em curso 18 incêndios, que mobilizam 1.642 operacionais, 509 meios terrestres e 20 meios aéreos, mas os que mais preocupam são os fogos em Castro Daire, Arouca e Penalva do Castelo..No ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (concelho de Oeiras), o comandante nacional André Fernandes destacou nove ocorrências significativas que exigem mais acompanhamento, nomeadamente três na sub-região de Viseu/Dão-Lafões, duas na área metropolitana do Porto, duas na região de Tâmega e Sousa, uma no Alto Tâmega e uma no Douro.."Mantemos o reforço de meios, com todo o dispositivo empenhado e no terreno, nas ocorrências que estão ativas, em particular aquelas que preocupam mais na sub-região de Viseu/Dão-Lafões, Penalva do Castelo, duas em Castro Daire e, na área do Porto, a ocorrência de Alvarenga. São as que estão com grande intensidade", disse, notando que foram realizadas nas 18 ocorrências 38 missões aéreas: seis de ataque inicial e 32 de ataque ampliado..O responsável da ANEPC indicou também que três zonas de concentração de apoio à população foram encerradas, designadamente Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda, mantendo-se cinco instituídas, das quais duas estão ativas e três disponíveis sem utilizadores. "Ainda temos 37 pessoas acolhidas: 36 em Castro Daire e uma em Cinfões", esclareceu..André Fernandes referiu que não há vias rodoviárias afetadas, nem condicionamento de linhas ferroviárias. Já sobre os planos de emergência, revelou que foram ativados três planos distritais e 13 planos municipais..O secretário de Estado da Agricultura expressou hoje, em Cáceres, "sinceros agradecimentos" ao executivo espanhol perante o apoio dado no combate aos incêndios, lamentando as vidas e o património ambiental destruído.."Penso que será o primeiro encontro de um membro do Governo de Portugal, estando presente um membro do Governo de Espanha, quero dar os mais sinceros agradecimentos a Espanha pela colaboração que nos está a dar nestes momentos difíceis que se estão a passar em Portugal. Morreram bombeiros, cidadãos, muitos animais, destruíram-se hectares de culturas, florestas e, em poucos dias, destruiu-se património ambiental que é de todos e que tanto custou a conquistar e preservar", afirmou João Moura, no encerramento do Congresso Ibérico Agropecuário e Florestal (CIAF), que decorre em Cáceres, Espanha..O complexo de incêndios que afetou desde domingo as zonas de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está dominado e em fase de resolução, revelou hoje a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).."O complexo de incêndios de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está neste momento dominado. Estes quatro incêndios estão em resolução, mas ainda se mantém um dispositivo robusto no terreno, em virtude de ser expectável que haja algumas reativações que podem ser com alguma intensidade. Estão dominados, mas carecem ainda de preocupação e acompanhamento no terreno", disse o comandante nacional André Fernandes..Em declarações à comunicação social no ponto de situação sobre os incêndios, realizado na sede da ANEPC, em Carnaxide (concelho de Oeiras), André Fernandes atualizou ainda o total de vítimas desde domingo para 166, incluindo cinco mortos, 71 pessoas assistidas (sem necessidade de tratamento hospitalar), 78 feridos ligeiros e 12 feridos graves..O PSD anunciou que vai entregar ainda esta quinta-feira uma proposta de criação de uma comissão eventual para avaliar o sistema de proteção civil, a prevenção e combate aos incêndios de 2024..O anúncio foi feito pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, no final da reunião da bancada, dizendo que será uma proposta conjunta com o outro partido que apoia o Governo, o CDS-PP..Ver mais aqui.O Governo decretou um dia de luto nacional para esta sexta-feira pelas vítimas dos incêndios dos últimos dias, uma deliberação aprovada hoje pelo Conselho de Ministros..A informação foi transmitida à Lusa por fonte oficial da Presidência do Conselho de Ministros..Oito incêndios rurais mais significativos mobilizavam cerca das 12:00 de hoje, no continente português, mais de 1.500 operacionais e mais de uma dezena de meios aéreos, segundos dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..No 'site' deste organismo, contabilizavam-se ao final da manhã um total de 82 fogos rurais (de entre as três tipologias definidas pela Proteção Civil: povoamento florestal, mato e agrícola), nos quais estavam destacados 3.858 operacionais, 1.200 veículos e 13 meios aéreos..Das 82 ocorrências, 12 eram consideradas significativas (pela sua dimensão e/ou duração) e, destas, quatro estavam já em resolução, duas das quais no concelho de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, ocupando ainda cerca de 900 elementos das forças de socorro e segurança. Ambas tiveram início no domingo..Dominados mantinham-se também os fogos que deflagraram no domingo à tarde em Palmaz, concelho de Oliveira de Azeméis - outra das maiores ocorrências dos últimos dias, também no distrito de Aveiro, que mobilizava ainda mais de 200 operacionais -- e na tarde de segunda-feira, em Folhadal, no município de Nelas, distrito de Viseu (neste caso, continuam no terreno cerca de uma centena de operacionais)..Dos oito fogos em povoamento florestal e mato sinalizados cerca das 12:00 como estando ainda em curso (ou seja, sem estarem dominados) nas "ocorrências significativas" registadas pela ANEPC, destacavam-se dois no concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, com um dispositivo global de combate de cerca de 650 elementos, perto de 200 viaturas e 12 meios aéreos..Apesar de no 'site' estarem indicadas estas duas ocorrências no município -- uma com início na segunda-feira à noite em Soutelo e outra na terça à tarde em Pinheiro -, o presidente da câmara, Paulo Almeida, referiu cerca das 10:00 que havia perto de uma dezena de frentes ativas no território, num cenário "extremamente preocupante". Dos 380 quilómetros quadrados do concelho, terão ardido, segundo o autarca, perto de 30 mil hectares..Ainda no distrito de Viseu, estava em destaque o fogo que deflagrou em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo, na segunda-feira de madrugada (mais de 260 operacionais e de 60 veículos mobilizados), e, já no distrito de Vila Real, a Proteção Civil dava conta de que o combate às chamas mobilizava cerca de centena e meia de operacionais nos concelhos de Alijó e Vila Pouca de Aguiar, em incêndios que deflagraram na terça-feira..Mais de 300 elementos das forças de socorro e segurança, com uma centena de veículos e três meios aéreos, combatiam às 12:00 as chamas em Arouca (distrito de Viseu, numa ocorrência iniciada na quarta-feira em Alvarenga), enquanto no distrito do Porto, em fogos que deflagraram na terça-feira em Santo Tirso (Monte Córdova) e Amarante (Carneiro) o dispositivo reunia mais de 150 operacionais e meia centena de viaturas em terra, além de um meio aéreo..A Polícia Judiciária anunciou hoje que deteve fora de flagrante delito o presumível autor de um crime de incêndio florestal ocorrido no passado dia 15 de setembro (domingo) em Paus, Albergaria-A-Velha. O homem, de 67 anos, é ainda suspeito de ter sido o autor de três incêndios ocorridos nas localidades de Branca e São Marcos em Albergaria-A-Velha e em Serém, Águeda, no passado dia 21 de julho. ."O modus operandi consistiu no recurso a chama direta para dar inicio ao incêndio em zonas de extensa mancha florestal, próximas de várias habitações e instalações industriais e agrícolas", anunciou a PJ..Segundo o que a investigação apurou não existiu qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos, "tudo indicando que terá atuado num quadro de compulsividade"..A PJ anunciou ainda que, com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural – Zona Norte, "identificou e deteve, um homem de 48 anos, indiciado pela autoria de, pelo menos, quatro incêndios florestais, ocorridos entre maio e agosto do corrente ano, no concelho de Gondomar". O detido tem antecedentes criminais por incêndio em ambiente urbano, referiu esta força policial. .Os incêndios ocorreram a 11 de maio, 16 e 22 de julho e 4 de agosto, na localidade de Foz do Sousa, e, segundo a PJ, "terão sido provocados com recurso a chama direta, não tendo a investigação apurado, até ao momento, qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos"..O presidente do município de Castro Daire alertou esta quinta-feira que a situação dos incêndios é "ainda extremamente preocupante" e referiu que este concelho do distrito de Viseu tem "cerca de 12 frentes ativas".."A situação continua ainda extremamente preocupante", afirmou Paulo Almeida, pelas 10:00, referindo que no concelho, com 380 quilómetros quadrados, terão ardido "cerca de 30 mil hectares", havendo "ainda cerca de 12 frentes ativas em vários pontos do concelho"..O autarca alertou que "estes 30 mil hectares ardidos podem ter reacendimentos a qualquer momento" e explicou que "é o que tem vindo também a acontecer".."As condições climatéricas melhoraram um bocadinho, o que também é uma ajuda. Tivemos também reforços de meios durante a noite, mais operacionais, temos meios aéreos que já estiveram para entrar, mas não tiveram condições de segurança (...), tendo em conta o nível de fumo que está no ar", adiantou..O presidente da Câmara de Castro Daire apelou à população para se manter vigilante", mas sempre com a "máxima segurança", destacando que o trabalho desenvolvido "é, precisamente, salvar vidas e salvar as primeiras habitações"..Paulo Almeida adiantou que logo na primeira noite do incêndio, que começou na segunda-feira, houve registo de quatro feridos, sendo que na última noite um bombeiro ficou ferido, à partida com ferimentos ligeiros..Quanto aos danos, elencou "primeiras habitações, barracões, anexos, arrumos, carros, máquinas, explorações agrícolas", para assinalar que há "muita coisa afetada, muita coisa atingida", ainda sem capacidade para quantificar.."Sabemos que a situação é muito dramática nesse aspeto também e vai ser necessária, depois deste trabalho todo de debelar o incêndio, uma ajuda muito grande, para ajudar as famílias, para ajudarmos a que a nossa comunidade volte a ter condições mínimas de dignidade de vida", alertou Paulo Almeida..De acordo com o autarca, muitas famílias "acabaram por perder tudo, a sua subsistência".."Nós não conseguimos quantificar, mas a situação pós incêndio é também extremamente preocupante", acrescentou..Entretanto, o reforço de meios espanhóis que estava previsto para o incêndio de Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, foi mobilizado para Castro Daire, disse o comandante sub-regional do Alto Tâmega da Proteção Civil..Artur Mota disse hoje de manhã que estava previsto que 120 operacionais da Unidade Militar de Emergência espanhola reforçassem o combate ao fogo no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas que, devido a um agravamento da situação em Castro Daire, foram mobilizados para aquele incêndio no distrito de Viseu..Duas estradas nacionais (EN) estão hoje cortadas ao trânsito entre Canelas e Alvarenga, Aveiro, e entre Castro Daire e Portas de Montemuro (Cinfães), Viseu, devido aos incêndios ainda em curso, revelou a GNR..Esta manhã, há condicionamentos na EN 326-1, em Aveiro, com um "corte total entre Canelas e Alvarenga", indicou fonte oficial da GNR pelas 10:00..Em Viseu, o corte total é entre Castro Daire e Portas de Montemuro, Cinfães, na EN 321..O incêndio florestal de Arouca continua hoje de manhã com três frentes ativas, sendo a que ameaça a vila de Vilarinho a que está a causar mais preocupação, segundo a presidente daquela autarquia do distrito de Aveiro.."Mantemos as três frentes ativas, mas de alguma forma mais controladas, com os bombeiros a tentar conter as progressões", disse à Lusa a presidente da autarquia, Margarida Belém, que afirmava estar hoje mais "serena e otimista"..Segundo a autarca, a situação mais preocupante verifica-se na frente de Canelas/Espiunca, na zona de Vilarinho, onde os bombeiros estão a "evitar projeções e a progressão para a subida para a Senhora da Mó, que seria muito preocupante para a zona da vila"..Além desta, existe a frente em Alvarenga, onde "os bombeiros estão a procurar conter para não passar para Paradela, em Nespereira, que já é no concelho vizinho de Cinfães", no distrito de Viseu, e a frente de Covelo/Janarde, na zona de Telhe, que "estão a procurar conter o perímetro para que não haja progressão", adiantou Margarida Belém..A autarca referiu ainda que as condições atmosféricas durante a noite, nomeadamente a baixa temperatura, o aumento da humidade e o orvalho, foram benéficas para o combate às chamas, mas assinalou que "há uma grande imprevisibilidade em termos de ventos".."Estão previstos alguns ventos agora para a parte da tarde. Estamos muito atentos e cautelosos, porque as coisas ainda nos preocupam bastante", afirmou..Mostrando-se grata aos "poucos operacionais" que estiveram no terreno nas primeiras horas do incêndio, Margarida Belém referiu que, nesta fase, tem havido um reforço de meios, o que permite uma renovação das equipas que "estão cansadas"..A autarca disse ainda que está a ser feito um levantamento dos danos causados pelo incêndio, mas não tem conhecimento de casas ou empresas atingidas pelo fogo, adiantando que continuam as escolas encerradas no dia de hoje como medida preventiva.. O incêndio no concelho de Mangualde, que teve origem em Penalva do Castelo na segunda-feira, está "completamente dominado", disse à Lusa o presidente da Câmara daquele concelho do distrito de Viseu.."Neste momento, o incêndio está completamente dominado. Agora, vamos estar atentos aos reacendimentos. A humidade aumentou e a temperatura desceu muito, o que deu uma grande ajuda aos operacionais", afirmou à Lusa Marco Almeida..O presidente da Câmara de Mangualde adiantou que durante a noite e madrugada de hoje os operacionais "conseguiram criar um perímetro à volta do incêndio e controlá-lo"..Segundo o autarca, "estiveram casas, pontualmente, em risco, mas devido à sua localização [no meio da floresta]. No entanto, foi possível proteger todas e salvaguardar todos os bens"..Marco Almeida revelou ainda que os serviços municipais vão começar hoje a fazer o levantamento dos prejuízos, com o apoio dos presidentes de junta, que "estiveram muito empenhados em dar resposta nos incêndios, uma vez que, das 12 freguesias, nove têm unidades locais de proteção civil".."Até domingo, teremos um levantamento feito de forma genérica de todas as perdas", assegurou..O presidente salientou, contudo, que há pequenas explorações agrícolas que foram afetadas, mas que pode não ser possível perceber no imediato os estragos.."Para isso, temos o gabinete de apoio ao agricultor. Este é um território que vive muito do que a terra dá. Quem tem animais vai também ter necessidade de os alimentar e estamos atentos a isso", acrescentou..Numa forma geral, Marco Almeida apontou estragos nas infraestruturas públicas, como vias rodoviárias, sinalização vertical, telecomunicações e, "obviamente, a grande mancha florestal, que ardeu muito".."Na reunião que tivemos com o senhor ministro ontem [quarta-feira] ficou o compromisso de que até à próxima terça-feira faríamos chegar o levantamento das principais prioridades, que apresentaremos numa reunião na CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] Centro", explicou..Os dois incêndios rurais que deflagraram no domingo no concelho de Sever do Vouga, distrito de Aveiro, estão hoje de manhã em "rescaldo e vigilância", mas "ainda há muito trabalho pela frente", segundo a Proteção Civil e o município..Em declarações à Lusa, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) explicou que o fogo que começou perto das 02:00 de domingo em Pessegueiro do Vouga entrou um resolução pelas 07:00 de hoje e o que foi registado a partir das 14:58 do mesmo dia em Sever do Vouga entrou em resolução às 03:07 de hoje..Segundo fonte, às 08:20 estavam no terreno em Pessegueiro do Vouga 502 operacionais, apoiados por 142 viaturas, e em Sever do Vouga estavam 325 operacionais e 93 viaturas..À Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga, Paulo Nogueira, explicou que "o fogo já esta em rescaldo e vigilância, as condições climatéricas durante a noite ajudaram, mas ainda há muito trabalho para fazer"..Na quarta-feira, cerca das 17:00, o presidente da Câmara de Sever do Vouga, Pedro Lobo, adiantou que o fogo já tinha consumido uma área florestal de cerca de sete mil hectares, causou danos em várias casas de primeira habitação e destruiu quatro empresas..O presidente da Câmara de São Pedro do Sul admitiu hoje que a situação "está mais amena e é mais fácil combater o incêndio", sendo o caso mais crítico a freguesia de Pinho, mas onde há "muitos meios".."A situação agora está mais amena e é mais fácil combater o incêndio do que no primeiro dia", afirmou Vítor Figueiredo à agência Lusa pelas 09:15..Segundo Vítor Figueiredo, a situação mais crítica é nas populações de Mosteirinho e Sobral, na freguesia de Pinho.."A verdade é que temos lá muitos meios e os meios, estando no terreno, é tudo muito mais fácil e conseguem segurar muito mais facilmente o fogo", declarou..Este autarca do distrito de Viseu adiantou que existem ainda "outros casos pontuais de bolsas que ficaram para trás" e há a necessidade de fazer o "reconhecimento de uma zona entre as freguesias de Sul e Carvalhais, num fogo que anda a lavrar em zona de mata".."Queremos ver se, se não houver fumo, se combatemos com meios aéreos ou se teremos de colocar bombeiros no terreno", explicou..Vítor Figueiredo reconheceu que "a noite já foi fresca, o que foi um alívio" para os bombeiros e "significou que conseguiram combater o incêndio de uma forma mais suave para eles".."Neste momento, temos a cidade e todo o concelho sob uma nuvem imensa de fumo", esclareceu, referindo que, com o estado do tempo "a ficar mais fresco, poderá ser uma forma também mais fácil de acabar" com o incêndio..O presidente do município adiantou que há registo, além de floresta e área agrícola, de "algumas casas de segunda habitação ardidas", assim como de um aviário, apontando "estragos muito elevados"..Vítor Figueiredo acrescentou que houve dois focos de incêndio provenientes do fogo de Castro Daire que atingiram o concelho, um que chegou pela zona norte e outro por nordeste, "em pontos extremamente distantes um do outro", pelo que houve necessidade de dividir meios..À população, o autarca pediu para se manter "serena e calma", porque há "muitos meios no terreno", considerando que "não é por falta de meios que o fogo [se] poderá agravar".."Conseguimos manter, praticamente, quase todas as casas sem serem queimadas e a verdade é que nós temos meios no terreno para assegurar que isso, efetivamente, venha a ser uma realidade e é por isso que nós estamos a trabalhar, para que as pessoas e as habitações não venham a ter problemas", disse..Um homem de 39 anos que terá ateado uma fogueira numa zona de mato em São Cosme, no concelho de Gondomar, foi detido na quarta-feira por suspeita de crime de fogo posto, informou esta quinta-feira a PSP do Porto..Em comunicado, o Comando Metropolitano da PSP indicou que o homem, sem-abrigo, encontrava-se na posse de um isqueiro com o qual terá provocado a ignição.."No dia de ontem [quarta-feira], pelas 16:30, populares verificaram um homem (...) numa zona de mato a efetuar uma fogueira. Os polícias deslocaram-se ao local e confirmaram a situação, constatando a fogueira a arder em zona arbórea, pelo que, munindo-se de garrafões de água, tentaram a sua extinção, o que veio a acontecer", descreve a PSP..A situação ocorreu perto da Rua Doutor Francisco Sá Carneiro, em São Cosme, concelho de Gondomar..Ao ser intercetado, o homem "prontamente admitiu que havia sido ele o autor da fogueira", diz a PSP..O detido será hoje presente às autoridades judiciárias..O concelho de Penela, no distrito de Coimbra, mantém-se esta quinta-feira em perigo máximo de incêndio, dia em que está prevista descida da temperatura, diminuição do vento e aguaceiros em algumas regiões do continente..De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o perigo de incêndio rural vai começar a desagravar a partir de hoje, prevendo-se aguaceiros, sendo mais prováveis nas regiões do Norte e Centro apenas na sexta-feira..Apesar da mudança no estado do tempo, vários concelhos dos distritos de Santarém, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Coimbra, Portalegre, Guarda, Aveiro, Braga, Viana do Castelo, Porto, Vila Real, Viseu, Bragança e Faro, estão hoje em perigo muito elevado de incêndio..Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas..O IPMA prevê para hoje no continente céu com períodos de muita nebulosidade, aguaceiros, mais prováveis no interior e durante a tarde, que poderão ser localmente intensos e acompanhados de trovoada..A previsão aponta também para vento fraco a moderado predominando do quadrante sul, sendo quadrante do oeste no litoral Norte e Centro durante a tarde, soprando por vezes forte nas serras do sotavento algarvio até meio da manhã..Está ainda prevista a possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro no litoral, pequena subida da temperatura mínima no interior Norte e Centro e pequena descida da máxima..As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 11 graus Celsius (em Bragança) e os 18 (em Faro) e as máximas entre os 21 (em Viana do Castelo) e os 30 (em Santarém)..A situação está mais calma nesta manhã de quinta-feira, mas ainda estão no terreno cerca de quatro mil operacionais a combater mais de 80 incêndios, segundo informação disponibilizada às 07:30 na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). .As regiões Norte e Centro do país continuam a ser as mais afetadas pelos fogos..Nove incêndios rurais mantinham-se às 06:40 ativos, sendo os fogos em Castro Daire, no distrito de Viseu, o que mais meios mobilizava, com 550 operacionais, com o apoio de 178 veículos, disse à Lusa fonte da Proteção Civil..O comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que as operações de combate na generalidade das ocorrências que estavam em curso evoluíram durante a noite favoravelmente, sem registo de vítimas ou casas ardidas..De acordo com Pedro Araújo, às 06:40 estavam nove incêndios ativos nas sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso, na Área Metropolitana do Porto, na região de Aveiro, na Sub-região do Tâmega e Sousa e em Viseu Dão Lafões.."Temos incêndios ainda com alguma severidade nos concelhos de Castro Daire e Arouca. São fogos ainda com forte atividade que justificam um número significativo de meios, sendo que no concelho de Castro Daire, na sub-região de Viseu Dão Lafões, temos 550 operacionais, apoiados por 178 veículos, e no concelho de Arouca temos 234 operacionais, com 71 veículos", adiantou..No distrito de Aveiro, segundo a fonte, o incêndio que teve início em Pessegueiro do Vouga, no concelho de Sever do Vouga, mobilizava àquela hora 497 operacionais, com o apoio de 143 meios terrestres..Entretanto, às 07:20 de hoje, segundo informação disponível na página da ANEPC na internet, os dois incêndios iniciados no domingo no concelho de Sever do Vouga estavam em fase de resolução, com o de Pessegueiro do Vouga a manter ainda no terreno 555 operacionais e 167 viaturas.."Tivemos alguma pressão sobre o edificado, sobre habitações no concelho de Castro Daire e de Arouca. O incêndio esteve próximo de habitações, o que levou os combatentes a fazerem a proteção a essas habitações, mas não temos conhecimento de que durante a noite tenham ardido habitações ou que destes incêndios tenham ocorrido vítimas entre os populares", disse..De acordo com o comandante da ANEPC, as condições meteorológicas tendem a ser hoje menos severas devido à diminuição da intensidade do vento e ao aumento da humidade relativa do ar, que favorece o combate às chamas.."Queremos acreditar que parte significativa destes incêndios fique durante o dia de hoje dominada", sublinhou..Segundo informação disponível na página da ANEPC, às 07:30 continuava ativo o incêndio em Penalva do Castelo (distrito de Viseu) que deflagrou perto das 00:00 de segunda-feira, mobilizando 317 operacionais, apoiados por 81 veículos..Também o fogo registado em Nelas, no mesmo distrito, desde as 11:53 de segunda-feira estava a ser combatido por 140 operacionais, apoiados por 37 meios terrestres..Havia ainda fogos ativos em Amarante e Santo Tirso (distrito do Porto) e Vila Pouca de Aguiar e Alijó (Vila Real)..Em Albergaria-a-Velha (Aveiro), a resolução do incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 120 operacionais, com o apoio de 37 veículos..Os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, mobilizavam 359 operacionais, apoiados por 125 veículos..O incêndio que na quarta-feira reativou no Alto de Fiães, em Alijó, entrou em fase de resolução às 03:16 desta quinta-feira, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..O fogo deflagrou pelas 18:00 de terça-feira, esteve em resolução e reativou durante a tarde de quarta-feira na zona do Alto de Fiães, freguesia de Vilar de Maçada, no distrito de Vila Real..As chamas lavraram numa zona de mato e de pinhal, sem colocar aldeias em risco..No local permanecem 53 operacionais e 20 viaturas..Segundo a página da Internet da ANEPC, no distrito de Vila Real estão ativos esta manhã três incêndios rurais, um em Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, que mobiliza 96 operacionais e 33 viaturas, outro em Chaves, no Planalto de Monforte, onde estão 32 operacionais e 12 viaturas, e ainda outro em Valongo, Valpaços, que tem 16 operacionais e cinco viaturas..Os fogos de Vila Pouca de Aguiar e de Chaves já lavram desde segunda-feira, sendo que, em Monforte, foi dado como resolução às 21:10 de quarta-feira e reativou às 05:22 de hoje..Dos quatro fogos que lavravam na quarta-feira no concelho de Vila Pouca de Aguiar, três entraram em fase de resolução, estando ainda ativo o que deflagrou em Sabroso de Aguiar, mas já com 80% da área dominada..Os dois fogos rurais que deflagraram no domingo em Sever do Vouga e em Pessegueiro do Vouga, no mesmo concelho, distrito de Aveiro, estão hoje de manhã em resolução, de acordo com a Proteção Civil..Segundo os dados disponibilizados às 07:30 no portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na Internet, o fogo que teve início da madrugada de domingo em Pessegueiro do Vouga, em povoamento florestal, mobilizava ainda 555 operacionais, apoiados por 167 viaturas..O outro incêndio do concelho que deflagrou nesse dia, mas à tarde, também em povoamento florestal, estava a mobilizar 371 operacionais e 108 meios terrestre..A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares..O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias..Mais de 4.100 operacionais, apoiados por 1.300 meios terrestres continuavam às 03:00 a combater 95 fogos em Portugal continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)..Às 03:00 estavam ativos 95 incêndios no território continental que eram combatidos por 4.139 operacionais, segundo a informação disponível na página oficial da ANEPC na Internet..Os fogos que lavram há vários dias no distrito de Aveiro continuam a ser os que mobilizam mais operacionais e meios..Em Sever do Vouga, mantinham-se ativos dois incêndios..O fogo que deflagrou às 02:17 de domingo estava a ser combatido por 548 operacionais, apoiados por 167 meios terrestres. Já o que teve início pelas 15:00 do mesmo dia mobilizava 372 operacionais, apoiados por 108 veículos..Não muito longe, em Albergaria-a-Velha, a resolução do incêndio que deflagrou às 07:20 de segunda-feira mobilizava 120 operacionais, assistidos por 37 meios terrestres..Também os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou no domingo, pelas 15:00, no concelho de Oliveira de Azeméis, mobilizavam 359 operacionais, apoiados por 125 veículos..Em Arouca, o incêndio, que se alastrou na madrugada de terça-feira a partir de Castro Daire, no distrito de Viseu, e rapidamente gerou três frente ativas, estava a ser combatido por 206 operacionais, apoiados por 62 viaturas..No distrito de Viseu são três os fogos que mobilizam mais operacionais e meios..Em Castro Daire, mantinham-se ativos dois incêndios, sendo que o que começou pelas 21:30 de segunda-feira em Mões mobilizava 455 operacionais, assistidos por 145 meios terrestres. O que deflagrou terça-feira ao 12:45 em Pinheiro mobilizava 129 operacionais e 42 viaturas..O fogo de Penalva do Castelo, que deflagrou às 00:15 de segunda-feira, era combatido por 317 operacionais, apoiados por 81 veículos..O fogo que lavra em Nelas desde as 11:53 de segunda-feira era combatido por 150 operacionais, apoiados por 40 meios terrestres..Mais a Norte, no distrito do Porto, o incêndio que deflagrou pelas 12:00 de terça-feira em Santo Tirso e que está em resolução mobiliza 83 operacionais e 27 veículos..Ainda no Porto, o fogo que começou em Amarante, pelas 02:55 de terça-feira, mobilizava 83 operacionais, apoiados por 31 veículos..O fogo que lavra em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, desde 00:52 de terça-feira, mobilizava 102 operacionais e 35 meios terrestres..Ainda em Vila Real, o incêndio que lavra desde as 19:00 de terça-feira em Alijó mobilizava 77 operacionais, apoiados por 28 meios terrestres e os trabalhos de resolução do incêndio que deflagrou às 16:00 de segunda-feira em Chaves mobilizavam 37 operacionais e 15 viaturas.O incêndio que na terça-feira à noite deflagrou em Arouca, no distrito de Aveiro, está a lavrar "com média intensidade" e tem "potencial para continuar a progredir", informou esta madrugada a Proteção Civil..Um porta-voz da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avançou à Lusa que os meios estão "empenhados na defesa do edificado".."O incêndio está muito ativo", indicou a mesma fonte, acrescentando que operacionais de Lisboa e Vale do Tejo estão a caminho de Arouca para reforçar os 202 operacionais, apoiados por 60 viaturas, que, de acordo com o portal da ANEPC na Internet, estavam, pelas 02:30, no local..O incêndio de Castro Daire, no distrito de Viseu, progrediu na terça-feira à noite para Arouca e gerou três frentes ativas na zona de Alvarenga, Covêlo de Paivó e Janarde, e na zona de Canelas e Espiunca..Num balanço feito à Lusa, fonte da autarquia disse que o fogo já tinha destruído cerca de dois quilómetros dos Passadiços do Paiva e que continuam cercadas várias freguesias do território, que, classificado como Geoparque da UNESCO, se distribui por 329,11 quilómetros quadrados, 85% dos quais de área florestal..Os Passadiços do Paiva estavam encerrados ao público desde segunda-feira..A zona mais preocupante continuava a ser, de acordo com a câmara, Ponte de Telhe, já que, se o fogo transpuser o rio Paivó, poderá a partir daí alastrar para novas frentes de combustão -- como aconteceu no incêndio de 2016, que destruiu cerca de 8.600 hectares em Arouca e, galgando para o município vizinho de São Pedro do Sul, ainda aí consumiu mais 17 mil hectares.. O incêndio em Penalva do Castelo está "80% dominado" e na frente que progrediu para Mangualde os operacionais protegeram "com sucesso" as habitações na zona de Santo Amaro Tavares, indicou a Proteção Civil..Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avançou à Lusa que o combate ao incêndio que deflagrou segunda-feira no distrito de Viseu está "a evoluir favoravelmente", estando apenas 20% da frente ativa..Já no concelho de Mangualde, para onde as chamas progrediram, a frente continua ativa e os operacionais protegeram "com sucesso" as habitações na zona de Santo Amaro Tavares, tendo as chamas passado a sul daquela zona, acrescentou o porta-voz.."O município ativou o programa Aldeia Segura Pessoas Seguras em todas as localidades a sul de Santo Amaro Tavares", acrescentou a mesma fonte..O incêndio, que deflagrou no concelho de Penalva do Castelo às 01:15 de segunda-feira, mobilizava, pelas 02:15 de hoje, 317 operacionais, apoiados por 81 meios terrestres, segundo informação disponível no portal oficial da ANEPC na Internet..De acordo com um balanço da ANEPC, pelas 01:35, eram 11 os incêndios ativos e não dominados em Portugal continental. O combate a estes incêndios mobilizava 2.365 operacionais, apoiados por 732 meios terrestres..O incêndio que deflagrou em Castro Daire continuava "a lavrar com muita intensidade", durante esta madrugada, permanecendo ativo em todas as frentes e com grandes projeções a obrigar à reposição dos meios de combate, avançou a Proteção Civil..À Lusa, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou esta madrugada que o incêndio, com frente ativa no concelho de Castro Daire, "continua a lavrar com muita intensidade" em povoamento misto (pinheiro, eucalipto e mato) e num perímetro de "grande extensão"..O incêndio continua ativo em todas as frentes, estando os operacionais a proteger os "pontos sensíveis" que vão aparecendo ao longo da sua extensão, acrescentou a mesma fonte.."O trabalho tem sido eficaz e não há relato de qualquer habitação ou aviário ardido", referiu o porta-voz da ANEPC..Já em São Pedro do Sul, concelho para onde o fogo se alastrou, estão duas frentes ativas, sendo que numa das frentes o incêndio está "50% dominado e arde em povoamento", numa referência a uma zona de árvores, acrescentou a mesma fonte..A zona sul do concelho de São Pedro de Sul é, neste momento, considerada "zona sensível" pela ANEPC, estando os meios a atuar para evitar a entrada das chamas na zona de Covas do Rio.O incêndio em Águeda, no distrito de Aveiro, está "dominado em todas as frentes" desde as 00:30, revelou à Lusa o presidente da câmara.."Há cerca de meia hora foi considerado dominado em todas as frentes", avançou o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida..Num balanço realizado pelas 21:30 no centro de comando distrital em Oliveira de Azeméis, o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mário Silvestre, explicou que, relativamente ao incêndio na zona de Águeda, houve "uma rotação do vento" para sul, algo que "foi bastante positivo para o combate".."Temos, neste momento, máquinas de rasto a trabalhar na zona de Cumeada, virado a Sever do Vouga, e aquilo que estamos a tentar é fechar toda essa zona e esse flanco, garantindo que este incêndio deixa de ter qualquer tipo de capacidade para fazer essa transposição dessa linha de cumeada", explicou Silvestre..Destacando que quarta-feira "foi um dia bom", o comandante adiantou que também que os incêndios de Albergaria-a-Velha e de Oliveira de Azeméis já estavam em resolução e que os trabalhos na frente de Sever do Vouga corriam "de forma muito favorável".."Conto durante a noite (...), e não muito tarde, dar o incêndio de Sever do Vouga também em resolução, se correr tudo como previsto", afirmou Silvestre..O vice-presidente da Câmara de Sever do Vouga, Paulo Nogueira, disse à Lusa que o combate ao incêndio evoluiu favoravelmente e que neste momento há apenas uma frente ativa na zona de Felgares, na União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas, que apresenta "baixa preocupação" e que deverá entrar, entretanto, em fase de resolução.."Todas as outras três frentes estão em fase de resolução", acrescentou Nogueira..Num balanço realizado ao início da tarde de quarta-feira sobre os fogos no distrito de Aveiro, o segundo comandante da ANEPC disse que o incêndio em Sever do Vouga estava a evoluir de forma "muito favorável" e poderia "a breve trecho" entrar em fase de resolução.