Milhares de imigrantes foram explorados pela rede criminosa
Milhares de imigrantes foram explorados pela rede criminosaReinaldo Rodrigues/Global Imagens

Seis dos 13 arguidos de rede criminosa de auxílio à imigração ilegal ficam em prisão preventiva

Outros quatro arguidos ficam em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, enquanto os restantes três ficam sujeitos a apresentações trissemanais.
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Seis dos 13 suspeitos que foram detidos na terça-feira, 6 de maio, por integrarem uma rede criminosa de auxílio à imigração ilegal ficaram em prisão preventiva, de acordo com as medidas de coação aplicadas pelo juiz após o primeiro interrogatório.

Uma das arguidas que fica em prisão preventiva é a técnica superior do Gabinete de Atendimento ao Público da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) envolvida neste caso.

Outros quatro arguidos ficam em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, enquanto os restantes três ficam sujeitos a apresentações trissemanais às autoridades e proibição de contactos com os outros arguidos.

Recorde-se que na semana passada foram detidos sete homens e seis mulheres, portugueses e estrangeiros, entre os quais empresários, uma advogada e uma técnica superior do MNE.

A operação "Gambérria" da Polícia Judiciária, com o apoio do DIAP Regional de Coimbra, resultou de uma investigação que tinha sido aberta em 2023, partindo da suspeita de que este grupo estaria a legalizar, de forma irregular, um elevado número de imigrantes, lucrando milhões de euros.

A investigação da PJ confirmou que boa parte dos imigrantes explorados por esta rede estavam no estrangeiro, apesar de os seus processos indicarem que residiam e trabalhavam em Portugal.

Em comunicado oficial, a PJ disse na altura que foram feitas 40 buscas em Coimbra, Espinho, Carregal do Sal, Amadora, Odivelas, Loures e Lisboa, no âmbito das quais foram apreendidos, entre outros, 11 automóveis, aproximadamente um milhão de euros em numerário, duas presas de elefante em marfim de 50kg e vários artigos utilizados na falsificação de documentos, com destaque para um selo branco, encontrado e apreendido numa empresa onde seriam "validados" milhares e certificados de registos criminais de cidadãos estrangeiros.

Segundo fontes judiciais confirmaram ao DN, o selo branco apreendido era do MNE.

Foram ainda arrestados seis imóveis, dois prédios rústicos e quatro urbanos - destes uma vivenda e três apartamentos, e congeladas 35 contas bancárias.

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