Sargento que matou funcionário de pastelaria condenado a internamento

Sargento-ajudante do Exército foi considerado inimputável. Matou funcionário da pastelaria por estar convencido que lhe servira um bolo envenenado
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Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) anunciou hoje que o homem que matou outro numa pastelaria em Benfica, em maio de 2015, foi condenado a internamento efetivo, que pode ir até aos 25 anos, por ter sido considerado inimputável.

A 18 de maio de 2015, o arguido, sargento-ajudante do Exército português e em situação de licença por doença psiquiátrica à data dos factos, atingiu com cinco tiros um funcionário da pastelaria, que acabaria por morrer.

"O arguido sofrera um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em janeiro de 2014, convencendo-se, então, que tal resultara de um bolo envenenado que lhe fora servido pela vítima, que elegeu como alvo da vingança que viria a executar mais de um ano depois", refere uma nota publicada na página da internet da PGDL.

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A PGDL conta que o homem "foi considerado como inimputável perigoso pelo tribunal, que o declarou culpado da prática de um crime de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida, condenando-o a uma medida de segurança de internamento efetivo em estabelecimento adequado, com a duração mínima de três anos e máxima de 25 anos".

O arguido foi ainda condenado a pagar indemnizações de cerca de 266.000 euros aos familiares da vítima.

O acórdão da Instancia Central Criminal de Lisboa foi proferido a 29 de abril e ainda não transitou em julgado.

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