Revolução no Seixal entrega a baía aos peões e ciclistas
O Seixal vai fazer uma revolução à beira-rio durante o próximo ano, boas notícias para os amantes das caminhadas e das bicicletas, que lá para o final do próximo verão vão passar a dispor de um passeio ribeirinho com cerca de mil metros. O projeto inscreve-se na requalificação do núcleo urbano antigo, que prevê um investimento de 2,15 milhões de euros, contemplando uma área de seis hectares junto à baía. Por ali vão nascer espaços verdes com vista para Lisboa, numa maior ligação ao rio Tejo, potenciando atividades náuticas, enquanto o casario degradado terá apoios à conservação. O trânsito sai da marginal e só vai poder circular pelo interior do aglomerado, na Rua Paiva Coelho. Porém, terá de respeitar um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora.
"Vão avançar várias intervenções que permitam aos milhares de pessoas que aqui vêm todos os dias usufruir de toda a baía", explica o vereador do Urbanismo, Jorge Gonçalves, admitindo que até aos dias de hoje esta zona da cidade tem sido marcada por dificuldades de acesso. "As pessoas querem aproximar-se do rio, mas acabam por parar na entrada do núcleo urbano antigo", constata o autarca.
Assim se justifica no projeto a aposta em retirar os automóveis da Avenida D. Nun"Álvares Pereira (exceto cargas e descargas, acessos a garagens e emergências), ficando a marginal - hoje viária - exclusiva para peões e ciclistas. Uma faixa estende-se das instalações da fábrica da Mundet, património municipal, que alberga um projeto museológico, à ponta do antigo terminal onde se situa a estação náutica do Seixal, que ambiciona vir a reforçar a sua função de porta de entrada no concelho de turistas oriundos de Lisboa. Até porque, segundo a contabilidade do município, três mil pessoas entraram no núcleo urbano antigo pelo rio Tejo no ano passado.