PSP vai participar ao MP manifestação dos bombeiros sapadores no parlamento
FOTO: LEONARDO NEGRÃO

PSP vai participar ao MP manifestação dos bombeiros sapadores no parlamento

Manuel Gonçalves, chefe da Área Operacional do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, assume que há duas situações durante a manifestação dos bombeiros sapadores junto do Parlamento que podem configurar crime.
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A PSP vai participar ao Ministério Público a manifestação desta sexta-feira dos bombeiros sapadores na Assembleia da República, considerando que foi violado um conjunto de regras, como a ocupação da escadaria.

Em declarações à Lusa, o chefe da Área Operacional do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Manuel Gonçalves, precisou que a Polícia de Segurança Pública "vai elaborar um auto e comunicar às autoridades judiciais", uma vez que existem duas situações que podem configurar crime.

Segundo Manuel Gonçalves, uma das situações está relacionada com a ocupação da escadaria da Assembleia da República e pode estar em causa "a invasão de um espaço limitado".

Outra das situações, avançou, tem a ver com a realização por alguns bombeiros sapadores de dois desfiles que não foram comunicados à autoridades.

O oficial explicou que a manifestação para a zona da Assembleia da República estava autorizada, mas realizaram-se dois outros desfiles que não foram comunicados e obrigaram à mobilização de meios por parte da PSP.

Segundo Manuel Gonçalves, estes desfiles partiram do Marquês do Pombal em direção ao Largo do Rato e da zona do Cais do Sodré em direção ao parlamento, tendo depois se juntado à manifestação autorizada em frente à Assembleia da República.

Citando a lei que regula o direito de reunião e manifestação, o chefe da Área Operacional do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse que "há um conjunto de regras que a serem infringidas implicam a comunicação ao Ministério Público, podendo-se estar perante a prática de um crime".

O oficial da PSP disse ainda que a polícia vai avaliar e investigar as várias situações em que foram rebentados petardos, lançadas tochas e queimados pneus, uma vez que poderão estar em causa contraordenações.

"Normalmente e nestas situações o que deve ser feito é identificar as pessoas, mas como estávamos numa manifestação com centenas de pessoas há que ponderar a ação concreta e fazer uma avaliação. Vamos verificar e fazer uma investigação e se for possível procedemos dessa forma [contraordenação], disse ainda.

Centenas de bombeiros sapadores ocuparam hoje a escadaria da Assembleia da República, num protesto que começou ao meio-dia, com rebentamento de petardos e queima de pneus, tendo desmobilizado três horas depois.

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