PSP arquivou 39 processos abertos aos agentes do protesto junto ao Capitólio. IGAI investiga alegada baixa fraudulenta
A Polícia de Segurança Pública (PSP) arquivou 39 dos 43 processos disciplinares abertos aos agentes que "participaram na concentração espontânea" em fevereiro deste ano, ao redor do cineteatro Capitólio.
Segundo informação dada ao DN por fonte daquela polícia, os restantes quatro processos instaurados ainda estão "a decorrer" não havendo, para já, qualquer decisão.
Em causa está a manifestação que alguns agentes da PSP fizeram junto ao Capitólio, em Lisboa, onde decorria o debate para as eleições legislativas entre Luís Montenegro (líder do PSD) e Pedro Nuno Santos (secretário-geral do PS). O protesto não foi comunicado às autoridades com antecedência -- algo que é obrigatório por lei.
Organizado nas redes sociais, através do movimento "inop", este protesto não teve a participação da plataforma de sindicatos da PSP, que organizou uma manifestação na Praça do Comércio (essa sim autorizada pelas autoridades), pedindo um suplemento de risco igual àquele que foi atribuído à Polícia Judiciária. Esta situação motivou mais de um mês de protestos por parte das forças de segurança.
Por outro lado, acrescenta a PSP, houve ainda uma "investigação aos vários agentes" que, no início do ano, "apresentaram baixas médicas numa altura em que os protestos aumentaram" (situação que até levou ao adiamento do jogo Famalicão-Sporting, para a I Liga).
Em relação a estas baixas, fonte da polícia refere ao DN que foram abertos "10 processos de inquérito" para tentar perceber se as baixas eram ou não fraudulentas.
Desta dezena de inquéritos, "um deu origem a processo disciplinar", que foi "arquivado sem pena". E outro, nota a PSP, "foi avocado pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI)", mas, até agora, "desconhece-se o ponto de situação do mesmo".