Proteção Civil dá bónus original no Dia da Mulher: trabalhadoras podem sair 1h13 mais cedo

Duarte Costa decidiu homenagear as mulheres da ANEPC, desafiando-as a sair 1 hora e 13 minutos antes da hora normal de saída.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) desafiou todas as suas mulheres trabalhadoras a sair 1h13 mais cedo, como forma de assinalar o Dia Internacional da Mulher, esta quarta-feira.

"No dia de hoje, e de forma meramente simbólica, e sem por em causa tarefas críticas que todos temos, desafio-vos a ausentar dos vossos postos de trabalho 1 hora e 13 minutos antes da vossa hora normal de saída! É dia de fazer a diferença!", disse Duarte Costa, presidente da ANEPC numa mensagem.

O tempo de redução da hora de saída - 1 hora e 13 minutos - foi escolhido uma vez que a "jornada de trabalho total das mulheres é, em média, superior à dos homens em 1 hora e 13 minutos", de acordo com um estudo levado a efeito pelo Centro de Estudos para a Intervenção Social e pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, através de um "Inquérito Nacional aos Usos do Tempo de Homens e de Mulheres".

"E neste gesto que como Presidente assumo, pretendemos todos nós expressar o nosso respeito pelo trabalho das mulheres, pela vossa superior condição de cidadania tantas vezes diminuída, e sobretudo alertar as consciências para um mundo de igualdade e equilíbrio. E se conseguirmos a plena paridade entre mulheres e homens, então conseguimos também um mundo melhor", continuou Duarte Costa.

Em título de homenagem aos esforços de todas as mulheres que trabalham para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil - 55% de todos os trabalhadores - Duarte Costa tomou esta decisão, lembrando os desafios e a importância da igualdade de género no mundo laboral.

"Olhando para a nossa Casa, para a ANEPC, concluímos que, aproximadamente nas quatro Direções Nacionais, 55, 5% dos nossos trabalhadores são mulheres. As mulheres ocupam 2 lugares de dirigente superior de 2.º grau, dos 4 existentes, 5 lugares de dirigente intermédio de 1.º grau, dos 7 existentes e 6 lugares de dirigente intermédio de 2.º grau, dos 12 existentes. Esta é uma percentagem que nos deve orgulhar a todos. Mas na área da resposta operacional, existe muito trabalho pela frente pois aí ainda se nota a falta de representação das mulheres. Mas sabermos que esse desequilíbrio existe, é o primeiro passo para podermos trabalhar para que deixe de existir e a paridade possa ser atingida", pode ler-se na nota.

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