Professores, pessoal não docente e pessoas com trissomia 21 prioritários na vacinação

Passam a estar abrangidos na fase 1 da vacinação os professores e o pessoal não docente. Estão abrangidos os que trabalham nos estabelecimentos de ensino e educação e nas respostas sociais de apoio à infância dos setores público, privado e social e cooperativo.
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A Direção-Geral da saúde (DGS) incluiu no grupo dos prioritários da fase 1 para a vacina contra a covid-19 as pessoas com trissomia 21, os professores e o pessoal não docente.

Segundo a atualização da norma da DGS, hoje divulgada, as pessoas com trissomia 21 são incluídas nos grupos prioritários "pelo risco acrescido de evolução para covid-19 grave".

Já quanto aos professores e ao pessoal e não docente, a DGS esclarece que estão abrangidos os que trabalham nos estabelecimentos de ensino e educação e nas respostas sociais de apoio à infância dos setores público, privado e social e cooperativo, "de acordo com o plano logístico que será implementado".

A inclusão dos professores e pessoal não docente no grupo dos prioritários da vacinação acontece numa altura em que o Governo se prepara para apresentar (na quinta-feira) o plano de desconfinamento. Plano esse que deverá começar a ser aplicado na próxima semana, com a reabertura dos estabelecimentos de ensino do pré-escolar e do primeiro ciclo.

O representante dos diretores das escolas públicas aplaude a inclusão dos docentes e não docentes nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19. "Ficámos bastante satisfeitos com a decisão. Soubemos hoje de manhã que a DGS afinal considera que os professores e os funcionários como prioritários na toma da vacina sem passar à frente de ninguém", considera Filinto Lima, presidente da Associação dos Diretores das Escolas Públicas em declarações à RTP3

Esta alteração no plano de vacinação representa "mais confiança nas comunidades educativas" e "mais segurança às escolas, locais que todos sabemos serem locais seguros", acrescentou ainda o representante dos diretores das escolas.

No início do mês, a DGS já tinha manifestado abertura para "analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade".

"Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país", disse na altura a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A fase 1 do Plano de Vacinação contra a Covid-19 inclui nos grupos prioritários os profissionais de saúde e de outros setores críticos e essenciais, nomeadamente Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros, as pessoas com mais de 80 anos e as de idade superior a 50 anos e com uma das seguintes doenças: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória.

Na fase 2, a iniciar em abril, está incluída a vacinação das pessoas entre os 50 e os 64 anos e com, pelo menos, uma das seguintes doenças: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial e obesidade.

Na terceira fase está incluída a restante população residente em Portugal.

Segundo a informação divulgada na terça-feira pela DGS, mais de 293 mil portugueses têm a vacinação contra a covid-19 completa com as duas doses. Já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas desde 27 de dezembro.

O último relatório do processo de vacinação em Portugal continental refere que 293 245 pessoas receberam até terça-feira as duas doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer.

Desde o início do processo de vacinação, no passado dia 27 de dezembro, já foram administradas um total de 1 032 907 vacinas.

Até domingo, Portugal tinha recebido um total de 1 186 389 vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, tendo sido distribuídas pelos pontos de vacinação do país 1 078 103 doses.

Atualizado às 12:07

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