Potenciais incendiários com vigilância apertada este verão

GNR e PSP estão a vigiar indivíduos referenciados de anos anteriores
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Potenciais incendiários referenciados de anos anteriores estão, neste verão, sob vigilância apertada das forças de segurança, como medida de prevenção dos fogos florestais, revelou esta segunda-feira o secretário de Estado da Administração Interna.

Sem concretizar o número exato de pessoas vigiadas, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, adiantou que o sistema de vigilância de incêndios florestais está este ano "redobrado", além do que existe nos postos de vigia, com a vigilância a potenciais incendiários.

"Temos a Guarda Nacional Republicana (GNR) que está a fazer um serviço extraordinário junto dos potenciais incendiários, ou seja, estão todos debaixo de uma atenção muito séria", afirmou, em Bragança, à margem das comemorações dos 140 anos do Comando Distrital da PSP.

Neste trabalho, está também envolvida, segundo o governante, a Polícia de Segurança Pública, no que à sua área de intervenção diz respeito, o que garante que aqueles que, nesta época, costumam causar problemas, "não andam a viver à sua inteira vontade".

"Há muita gente que está referenciada dos anos anteriores e é evidente que as forças de segurança têm essa gente referenciada e está preocupada com a atuação dela", indicou.

Em plena época crítica de fogos, o secretário de Estado da tutela considerou que "o ano tem vindo a decorrer bastante bem, fruto de várias circunstâncias".

Em primeiro lugar, devido ao fator clima, que "arrastou todo o arranque do verão até muito tarde".

"Temos os solos ainda com bastante humidade, temos as noites que ainda arrefecem bastante, o que nos permite (que) aqueles incêndios que eventualmente não se consigam controlar durante o dia, a noite ajuda a que possa haver um controlo", concretizou.

O secretário de Estado realçou "o pilar da Proteção Civil", que são os 10 mil elementos do dispositivo de combate aos fogos, em prontidão, durante o verão, ressalvando que "podem vir dias muito maus" e que "o dispositivo será exatamente o mesmo, e terá a sua capacidade de resposta".

"Ontem (domingo) tivemos 245 incêndios, o que já é uma coisa muito grande, agora não podemos esquecer que [poderá acontecer] o dia dos 500 incêndios e, se vier esse dia, também vamos ter mais dificuldade em apagar os fogos", alertou.

A tutela confia que, com a "capacidade de trabalho extraordinário" das equipas que estão no terreno e o trabalho de vigilância das forças de segurança junto de potenciais incendiários, o ano de 2016 poderá correr bem.

"Se continuar a correr como até aqui, seria ótimo, mas, como a capacidade de resposta é boa e com um bocadinho de sorte, podemos ter um ano bastante positivo", concluiu.

A página oficial da Autoridade Nacional da Proteção Civil contabiliza hoje, pelas 16:20, 76 fogos em todos o país, que mobilizavam 1.176 bombeiros, 314 viaturas e 19 meios aéreos.

Bragança, Évora e Faro eram os únicos distritos do continente sem registo de incêndios florestais.

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