Portugal recebe a ajuda de médicos e enfermeiros de França e do Luxemburgo na próxima semana
Depois da equipa médica alemã, que já está a trabalhar no Hospital da Luz, em Lisboa, Portugal "aceitou" agora "a oferta de ajuda dos governos luxemburguês e francês para apoio ao tratamento de doentes covid-19". Os profissionais de saúde destes dois países vão trabalhar no Hospital de Évora e no Garcia de Orta, em Almada, anunciou, esta quinta-feira, o Ministério da Saúde.
"Uma equipa do Luxemburgo, constituída por dois médicos e dois enfermeiros vai apoiar o serviço de Medicina Intensiva do Hospital do Espírito Santo de Évora, enquanto o médico e os três profissionais de enfermagem franceses irão trabalhar no Hospital Garcia de Orta, em Almada", lê-se no comunicado do gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido, enviado às redações.
As equipas dos dois países "deverão chegar na semana de 15 de fevereiro, prevendo-se uma estadia de 15 dias".
Trata-se de "um apoio importante a dois hospitais que têm vindo ainda a sentir uma elevada pressão ao nível dos Cuidados Intensivos", refere o Ministério da Saúde.
Esta ajuda surge depois da chegada ao nosso país de 26 profissionais de saúde alemães. Na semana passada, a 3 de fevereiro, a equipa médica alemã chegou a Portugal para prestar apoio no tratamento de doentes covid-19.
Os médicos e enfermeiros alemães estão a trabalhar no Hospital da Luz, em Lisboa, e devem permanecer no nosso país "durante um período de três semanas, estando prevista a sua substituição a cada 21 dias, até ao final de março, caso seja necessário", segundo o que foi comunicado pelos Ministérios da Saúde e da Defesa.
O Hospital da Luz compromete-se a dar "o apoio permanente de todos os seus recursos clínicos, nomeadamente das especialidades médicas de apoio à UCI (unidade de cuidados intensivos), patologia clínica, exames de imagiologia, bem com a garantia das cadeias de abastecimento de consumos clínicos e fármacos". A equipa é constituída por oito médicos e 18 enfermeiros.
O porta-voz da missão alemã no nosso país, o tenente-coronel Kieron Kleinert, explicou à Lusa que a equipa terá capacidade para "tratar oito pacientes ao mesmo tempo, 24 horas por dia, sete dias por semana", sublinhando que "apenas vai tratar doentes" com covid-19.