Portugal com maior taxa de tuberculose na Europa Ocidental

Apesar da alta taxa de incidência, Direção Geral de saúde destaca que o país atingiu em 2015 o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose
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Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes, revela esta quinta-feira um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo os dados mais recentes da Direção Geral de Saúde, ???????divulgados também esta quinta-feira em comunicado, "à data de hoje, o número de casos novos de Tuberculose, excluindo re-tratamentos" foi, em 2015, de 19,2 por 100 mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGSaúde) realçou, em março, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

De acordo com o documento da OMS, com estimativas sobre a doença à escala global, Portugal foi, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

O relatório da OMS refere que, em Portugal, a taxa de mortalidade por tuberculose era, em 2015, de 2,1 casos por cem mil habitantes.

Na região da Europa, a taxa de mortalidade estimada foi de 3,5 casos por cem mil habitantes, tendo sido ultrapassada nos países do Leste.

A coordenadora do Programa Nacional de Combate à Tuberculose, Raquel Duarte, disse anteriormente que vão continuar a surgir, em Portugal, surtos de tuberculose esporádicos em alguns locais, como prisões ou determinados bairros, que são precisamente característicos de incidências de infeção mais baixas.

Segundo a DGSaúde, a tuberculose começa a ser uma doença que não está em toda a comunidade, mas nalguns grupos de risco e mais concentrada em algumas áreas geográficas, sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto.

Para Raquel Duarte, uma das prioridades passará por diminuir o tempo que demora entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico da doença. A outra será aumentar a adesão aos tratamentos, sobretudo entre os grupos populacionais mais vulneráveis e resistentes à terapêutica, como sem-abrigo, consumidores de droga, reclusos e infetados com o vírus da sida.

Notícia atualizada às 17:05 para incluir dados da Direção Geral de Saúde

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