Foram confirmados, nas últimas 24 horas, 58 530 novos casos de covid-19 em Portugal, um novo recorde desde o início da pandemia. Este é o terceiro dia consecutivo com mais de 50 mil novas infeções..O Norte continua a ser a região com mais casos em Portugal, tendo atingido 24 930 nas últimas 24 horas, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (17 673), Centro (8719), Algarve (2199), Alentejo (2011), Madeira (1890) e Açores (1108)..Há ainda a registar 49 mortes associadas à infeção, indica ainda o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (21 de janeiro). Refira-se que este é o número de óbitos mais alto desde o dia 26 de fevereiro de 2021 (há quase 11 meses), quando foram declarados 58..Na distribuição de mortes por regiões, Lisboa e Vale do Tejo declarou 19, no Norte foram 14, no Centro chegou aos nove, na Madeira foram cinco, enquanto Alentejo e Algarve tiveram uma vítima cada..Relatório diário refere também que os hospitais têm 2044 internados devido à doença (mais 40), dos quais 162 (mais 10) estão em unidades de cuidados intensivos..A atualização da taxa de incidência indica uma subidam sendo agora de 4731,3 casos de infeção por 100 mil habitantes, quando na quarta-feira era de 4490,9 casos. Esta subida é comum na análise feita no continente que é agora de 4674,0 (era de 4437,4)..Quanto ao R(t) sofreu uma nova descida, sendo agora de 1,10 (era de 1,11 na quarta-feira) no território nacional. Já no continente mantém-se em 1,10..Há, no entanto, mais 20 156 pessoas que recuperaram da covid-19..Com esta atualização, Portugal tem, atualmente, 422 893 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2..Dados atualizados da situação pandémica no país quando mais de cem mil crianças e jovens testaram positivo à covid-19 desde que as aulas recomeçaram, a 10 de janeiro. Tanto pais como alunos alertam para problemas de aprendizagem com as aulas à distância..Desde que recomeçaram as aulas após as férias do Natal surgiram 106 553 novos casos de infeção entre crianças e jovens até aos 19 anos, segundo contas feitas pela Lusa com base nos dados divulgados entre 10 de janeiro e esta quinta-feira pela DGS..Em 10 dias, registaram-se 51 218 novos casos em crianças até aos nove anos e 55 335 novos casos de infeção em jovens entre os 10 e os 19 anos..São milhares de alunos em isolamento por estarem infetados ou viverem com pessoas que testaram positivo ao SARS-CoV-2, que provoca a covid-19. Os casos sucedem-se, dificultando a tarefa de ensinar e de aprender.."Não está a ser nada fácil. É mesmo muito complicado. Em todas as escolas há turmas com alunos positivos ou isolados", contou o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE), Manuel Pereira, estimando que "mais de 5% dos alunos" estejam atualmente em casa..O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) anunciou que a variante Ómicron, responsável por dois terços dos novos casos de covid-19 na Europa, representa menos 50% a 60% de risco de hospitalização e morte do que estirpes anteriores, como a Delta..Num relatório divulgado hoje com uma atualização epidemiológica à data de 20 janeiro, o ECDC assinala que a Ómicron "foi identificada em todos os países" da União Europeia e Espaço Económico Europeu, com uma "prevalência estimada de 69,4%", mais 20% face à semana anterior.."Através de estudos realizados em vários cenários, verificou-se que o risco de hospitalização foi menor para a Ómicron do que para a variante Delta. Contudo, a imunidade prévia à infeção natural, a vacinação incluindo doses de reforço e as melhores opções de tratamento contribuem para resultados menos graves, o que torna difícil estimar o risco inerente de infeção grave", contextualiza a agência europeia..Ainda assim, "a maioria dos estudos encontrou uma redução do risco na ordem dos 50-60%", especifica o ECDC..Dados avançados pelo centro europeu demonstram que, do total de 155 150 casos da variante Ómicron comunicados entre os dias 20 de dezembro de 2021 e 9 de janeiro de 2022, 1,14% destes resultaram em internamentos, 0,16% implicaram apoio respiratório nas unidades de cuidados intensivos e 0,06% morreram..Neste período, foram 570 o número de casos desta estirpe em Portugal comunicados ao ECDC, de acordo com o relatório.."Estudos iniciais sugerem que as vacinas atuais podem ser menos eficazes contra a infeção Ómicron, embora ainda proporcionem proteção contra a hospitalização e doenças graves. Dada a vantagem do crescimento exponencial da propagação e o elevado número de casos, quaisquer benefícios potenciais de uma menor severidade observada podem ser ultrapassados pelo simples número de resultados graves ao longo do tempo", alerta o ECDC..A agência europeia fala, por isso, num nível global de risco muito elevado para a saúde pública associado à emergência e propagação da Ómicron.