Internamentos voltam a subir em dia com 12 mortos

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde indica que estão internadas 764 pessoas, das quais 104 estão nos cuidados intensivos.
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O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que Portugal registou, nas últimas 24 horas, 2897 novos casos de covid-19. O relatório deste domingo (28 de novembro) refere também que morreram mais 12 pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.

Os dados sobre a situação nos hospitais mostram que há agora 764 internados (mais 56 que ontem), mantendo-se 104 doentes nos cuidados intensivos.

Na distribuição de casos por regiões, Lisboa e Vale do Tejo (902), Norte (828) e Centro (697) são aquelas onde foram detetados mais casos novos de infeção, seguindo-se Algarve (230), Madeira (120), Alentejo (96) e Açores (24).

No que diz respeito a óbitos, registaram-se cinco em Lisboa e Vale do Tejo, quatro na Madeira, dois no Algarve e um na região Norte.

Numa altura em que a nova variante Omicron é fonte de preocupação em todo o mundo, cientistas britânicos já vieram desdramatizar os seus efeitos, garantindo que, apesar das muitas mutações genéticas que tem, as vacinas continuarão provavelmente eficazes a prevenir a doença grave.

O imunologista Andrew Pollard, diretor do grupo de investigação de vacinas da Universidade de Oxford que desenvolveu a vacina da covid-19 para o laboratório AstraZeneca, disse, em declarações à televisão BBC, que muitas das mutações da variante estão presentes noutras estirpes do SARS-CoV-2 nas quais as vacinas se revelaram eficazes.

"As mutações [da Omicron] existem noutras variantes, e as vacinas conseguiram prevenir a doença grave com as [variantes] Alpha, Beta, Gamma e Delta", afirmou o investigador do Reino Unido, onde já foi detetada a nova estirpe.

Segundo o microbiologista Calum Semple, "é provável que a imunidade" conferida pelas vacinas contra a covid-19 "ainda proteja" contra a doença grave que possa vir a causar a nova variante.

Semple considerou adequado que vários países tenham suspendido voos com países da África Austral para poderem "ganhar tempo" no reforço da vacinação e na avaliação dos verdadeiros efeitos da nova estirpe na saúde.

Desconhece-se ainda, em rigor, se a Omicron é mais transmissível ou perigosa, a ponto de causar doença mais severa, morte e escapar à proteção conferida pelas vacinas contra a covid-19.

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