Politécnico da Guarda forma técnicos especializados em cibersegurança e redes informáticas
Cursos fornecem competências informáticas para prevenir e responder a ciberataques e são o resultado de uma parceria do Instituto Politécnico da Guarda com a Fortinet, uma das maiores empresas mundiais no setor da cibersegurança, sediada na Califórnia.
Numa altura em que são cada vez mais frequentes os ciberataques, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a formar técnicos especializados em cibersegurança e redes informáticas. Os cursos fornecem competências para prevenir e responder a ciberataques e são o resultado de uma parceria com a Fortinet, uma das maiores empresas mundiais no setor da cibersegurança, sediada na Califórnia.
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"Os quadros que o IPG está a preparar com a Fortinet vão responder a uma necessidade clara do mercado português e internacional", considera Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda, referindo-se à formação de especialistas que poderão integrar empresas portuguesas e instituições públicas.
Desde janeiro que a Academia Fortinet, "que ministra formação avançada a profissionais de cibersegurança nos cinco continentes", está a lecionar dois módulos: "Fortinet Routing" e "Fortinet Infrastructure", para as áreas de cibersegurança e de configuração de redes informáticas, repetivamente, indica o Instituto Polítécnico da Guarda.
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"Trata-se de um curso muito completo para formar técnicos de excelência, preparados para preservar empresas e entidades públicas de ataques cibernéticos", afirma Pedro Pinto, docente do Politécnico da Guarda e coordenador da Academia Fortinet. "Os participantes terão 40 horas de formação teórica e prática, exclusivamente online, através de uma plataforma desenhada pela parceira Fortinet", que funciona a partir da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG.
"Estamos a qualificar técnicos para colmatarem uma necessidade clara no mercado de trabalho português e internacional"
O presidente do Politécnico da Guarda considera que estes cursos "vão aumentar a literacia informática dos técnicos e estudantes que os frequentem". Realça a importância desta formação, uma vez que, diz, "há uma escassez conhecida de recursos humanos na área das tecnologias de informação que expõem as vulnerabilidades dos sistemas". "Estamos a qualificar técnicos para colmatarem uma necessidade clara no mercado de trabalho português e internacional".
O IPG refere ainda que os conteúdos programáticos dos cursos estão disponíveis na plataforma digital da Academia Fortinet e que ao instituto cabe lecionar os conteúdos teóricos e acompanhar a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos pelos seus alunos. "Após conclusão dos cursos, a Academia Fortinet atribuirá uma certificação internacional a todos os formandos, indica o IPG.
Politécnico da Guarda integra rede nacional de resposta a incidentes informáticos
Além desta parceria com a Acdemia Fortinet, iniciada no ano passado, o Politécnico da Guarda fez saber em janeiro que integra o Centro de Resposta a Incidentes de Segurança (CSIRT), uma rede nacional de resolução de problemas informáticos que tem como objetivo aumentar a cibersegurança.
"A entrada do IPG no CSIRT foi feita através do CSIRT.PolitecnicoGuarda, uma unidade que tem como missão a promoção de uma cultura de segurança nos meios informáticos dentro da sua comunidade académica", informou a instituição.
O IPG é o segundo Instituto Politécnico do país a entrar nesta rede, depois de Bragança.
Através de ações de sensibilização e de aconselhamento e do desenvolvimento das respostas mais adequadas para os incidentes verificados, o IPG "terá como missão contribuir para a segurança nos meios informáticos da academia", referiu o Politécnico em comunicado enviado à agência Lusa.
"A segurança informática é uma área estratégica para o Politécnico da Guarda, razão pela qual tem criado novas ofertas letivas e estabelecido parcerias com empresas nacionais e multinacionais de referência no setor", afirmou Joaquim Brigas, presidente do IPG.
E acrescentou: "A cibersegurança passou a ser central nas sociedades contemporâneas e é fundamental que todos - Estados, academia, empresas, cidadãos - se empenhem em promover um maior nível de segurança dos sistemas informáticos nas organizações. o IPG quer estar na vanguarda desta exigência em Portugal".
A rede nacional CSIRT tem como objetivo aumentar a cibersegurança em Portugal ao proporcionar a cooperação entre os responsáveis nacionais pela segurança informática.
O CSIRT, atualmente com 59 associados, tem como missão desenvolver os instrumentos necessários para prevenir e responder rapidamente a incidentes nas redes e nas bases de dados.
Visa também criar indicadores e informação estatística nacional sobre incidentes de segurança, com vista a uma melhor identificação de contramedidas pró-ativas e reativas.
O IPG tem contribuído para aumentar a literacia em proteção informática e formado profissionais para a área, pois foi a primeira instituição de ensino superior nacional a oferecer um Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Cibersegurança e está a aguardar aprovação para um mestrado.
"Entrar na rede nacional CSIRT é um importante passo para o IPG, uma vez que esta rede é uma alavanca para a transferência de conhecimentos e para diminuir a vulnerabilidade da sociedade no que diz respeito às ameaças informáticas", afirmou Pedro Pinto, docente, investigador, responsável pela cibersegurança do Politécnico da Guarda e coordenador do CSIRT.PolitecnicoGuarda.
Na opinião do responsável, "o centro de resposta a incidentes do IPG ajudará a ter uma comunidade mais segura, aumentando o nível de proteção dos dados dos cidadãos e a segurança dos sistemas".
O IPG faz também parte da Metared, uma rede colaborativa de instituições de ensino superior portuguesas para fomentar a transformação digital.
Com Lusa