Polícia descarta fugitivo em atropelamento que matou quatro pessoas em Espanha

O português foi detido pela Guarda Civil, depois de ter atropelado mortalmente quatro pessoas em Torrejón de Ardoz. A Polícia Nacional de Espanha descartou o envolvimento do sobrinho do condutor no atropelamento.
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A polícia espanhola descarta que haja um fugitivo no caso do atropelamento mortal de quatro pessoas, no domingo, na região de Madrid, cujo autor foi um homem português já detido, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias EFE.

Segundo informações publicadas pela imprensa espanhola no domingo, citando fontes da Guarda Civil de Espanha, além do português detido, que conduzia o carro que atropelou mortalmente quatro pessoas em Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madrid, um outro homem, de 18 anos, sobrinho do condutor, também seguia no veículo e tinha fugido.

No entanto, esta quarta-feira, a Polícia Nacional de Espanha, a quem entretanto foi entregue o caso, descartou o envolvimento do sobrinho do condutor no atropelamento, por as investigações entretanto desenvolvidas terem levado à conclusão de que não estava dentro do carro, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias EFE.

O português foi detido pela Guarda Civil no domingo por suspeita do atropelamento mortal, depois de ter fugido do local, com dois filhos menores dentro do carro.

O homem foi entregue à Polícia Nacional, enquanto os dois filhos menores, de 16 e 17 anos, que o acompanhavam, foram entregues à mãe pelas autoridades.

Segundo as mesmas informações publicadas esta quarta-feira pela EFE, tanto o homem como os filhos são portugueses, no entanto, fonte da embaixada portuguesa em Madrid disse à Lusa que o detido tem documentos portugueses, mas os menores têm documentação espanhola.

O português foi detido, juntamente com dois filhos, a algumas dezenas de quilómetros do local do atropelamento, depois de terem tentado fugir após o incidente, que se julga ter sido intencional, de acordo com relatos de vários meios de comunicação social espanhóis.

Após saírem à pressa do veículo, o pai e os dois filhos acabaram por ser intercetados pela Guarda Civil.

O atropelamento ocorreu cerca das 02:00 de domingo, quando duas famílias celebravam um casamento num restaurante.

Segundo as primeiras investigações realizadas pela polícia, várias pessoas que não foram convidadas e que tinham divergências com alguns dos participantes na celebração invadiram o local, provocando um confronto.

No decorrer do confronto, em circunstâncias que estão a ser investigadas, um carro com quatro ocupantes atropelou mais de uma dezena de pessoas.

Quatro pessoas morreram e quatro estão gravemente feridas, especificaram fontes policiais e do serviço de urgência 112, que enviaram várias equipas para o local.

Os mortos são uma mulher de 66 anos e três homens de 68, 37 e 17 anos, todos espanhóis.

Segundo a imprensa espanhola, foram encontrados vários milhares de euros em notas, no carro, sob o assento do condutor.

Quando foi encontrada, a viatura suspeita de envolvimento no atropelamento tinha várias manchas de sangue e estava muito danificada.

A Fundação Secretariado Cigano, uma organização espanhola, condenou esta quarta-feira o atropelamento e pediu para não se mencionar a etnia dos envolvidos neste tipo de acontecimentos.

"Condenamos firmemente o atropelamento mortal de quatro pessoas ontem [domingo] em Torrejón de Ardoz, solidarizamo-nos com as famílias das vítimas e pedimos aos meios de comunicação um tratamento adequado a estes factos, evitando a menção da etnia neste tipo de acontecimentos", pediu a fundação, numa mensagem publicada nas redes sociais.

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