PJ propôs aos pais de Pedro Dias que definissem condições para o entregar
Uma semana depois de, alegadamente, Pedro Dias ter atingido a tiro um civil e um militar da GNR, a PJ e o Ministério Público reuniram-se com os pais do suspeito, então em fuga, para lhes propor que entregassem o filho nas condições que os próprios definissem.
A notícia é avançada hoje pelo Jornal de Notícias: no dia 18 de outubro, terá havido uma reunião em casa dos pais de Pedro Dias na qual participou uma equipa da Judiciária composta pelo coordenador da PJ da Guarda, José Monteiro, e três inspetores. Tudo foi feito com o assentimento do procurador distrital de Coimbra, Euclides Dâmaso, e do procurador do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público da Guarda.
Segundo o JN, o encontro durou várias horas, tendo as autoridades explicado à família que, se fossem contactados por Pedro Dias e quisessem colaborar, poderiam escolher com ele um local, data e forma de se entregar. Em contrapartida, propuseram ainda algumas facilidades no processo, possibilitando nomeadamente as visitas de familiares.
A confirmar-se esta informação, fica contrariada a versão de Pedro Dias que, em entrevista à RTP no momento da detenção, garantiu ter tentado entregar-se mas ter sido "perseguido como um animal", não lhe restando outra hipótese senão a fuga.
A estratégia de como o suspeito veio a entregar-se foi definida quase um mês após os crimes e pela advogada de defesa de Pedro Dias, Mónica Quintela, que contactou diretamente o diretor da Polícia Judiciária. Já a advogada foi contratada pela irmã de Pedro Dias, que vive com os pais, e que portanto terá tido acesso à proposta da PJ para que o suspeito se entregasse nas condições que a família colocaria.