Nove nepaleses alcançaram o topo do Evereste
Catástrofes naturais impediram nos últimos anos de se atingir o topo. Equipa fixou cordas destinadas a montanhistas estrangeiros que vão tentar a escalada esta semana
Nove nepaleses 'sherpas' alcançaram hoje o cume do Monte Evereste, depois de uma série de catástrofes que impediram as subidas ao ponto mais alto da Terra nos últimos anos, informou a agência France-Presse.
"Uma equipa de nove nepaleses configurou um itinerário e chegaram ao topo do Evereste", disse o responsável do departamento geral do turismo do Nepal, Sudarshan Prasad Dhakal. "Abre portas a outros alpinistas alcançarem igualmente o topo. São muito boas notícias após dois anos de desastres e mostra que o caminho para o Evereste é seguro", acrescentou.
A equipa alcançou o cume, que se situa a 8.848 metros de altitude e aproveitou para fixar cordas destinadas a montanhistas estrangeiros que vão igualmente tentar a escalada esta semana. Depois de um sismo de magnitude de 7,8, no ano passado, ter provocado a morte de 9.000 pessoas, entre os quais 18 montanhistas, centenas de pessoas abandonaram a intenção de chegar ao topo.
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Em 2014, uma avalancha causou 16 mortos nas encostas do Evereste, levando à suspensão das escaladas. No mesmo ano, uma única pessoa, o chinês Wang Jing, conseguiu chegar ao topo do monte, mas utilizando um helicóptero para transportar o equipamento a um acampamento na subida.
Em 2013, europeus e 'sherpas' envolveram-se em escaramuças durante a subida, o que desencorajou alguns montanhistas a deslocarem-se ao Evereste. O alpinista sul-africano Lysle Turner, que estava no Evereste aquando do sismo, disse sentir-se bem em voltar ao topo este ano. "Nos últimos dois anos houve muitos desastres, mas penso que este vai ser um ano fantástico," declarou Lysle Turner.
As escaladas ao Evereste acontecem entre meados de abril e finais de maio, quando os ventos são moderados e antes das monções que cobrem a região de neve. As atividades de montanha e de subida ao Evereste são uma importante fonte de rendimentos para o Nepal, mas o sismo do ano passado chegou a ameaçar o futuro desta indústria.