Lançamento ocorreu na Sociedade de Geografia.
Lançamento ocorreu na Sociedade de Geografia.Foto: Paulo Spranger

No lançamento, Gouveia e Melo e Valentina Marcelino contam os bastidores do livro 'As Razões'

Livro foi publicado pela Porto Editora e é fruto de uma grande entrevista com a diretora-adjunta do Diário de Notícias, Valentina Marcelino. Foi lançado em Lisboa esta noite, 24 de novembro.
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Quase dez horas de gravações, perguntas feitas no conforto de uma sala, na agitação de feiras, em estações de serviço pelo país, muitas respostas: foram meses de conversa entre a jornalista Valentina Marcelino, diretora-adjunta do DN e o Gouveia e Melo. O resultado é o livro As Razões, que acaba de ser publicado pela Porto Editora.

O lançamento foi realizado em Lisboa na Sociedade de Geografia, com o salão nobre repleto de pessoas. Gouveia e Melo e Valentina Marcelo responderam a perguntas do editor da obra, Henrique Pinto Mesquita, mas Valentina também fez mais perguntas, além de contarem bastidores de As Razões.

Foi uma conversa sobre democracia, trajetória, os bastidores temas da atualidade, com pausas para palmas, como quando o candidato presidencial disse que "não quer que nunca mais Portugal volte a ser uma ditadura" e que "enquanto for vivo e puder lutar, farei de tudo para que isso não aconteça", afirmou sobre a visita que fez ao forte de Peniche, onde ficavam os presos da ditadura. Entre estes presos, estava o pai de Valentina Marcelino.

A jornalista também explicou a razão por aceitar o desafio de escrever o livro, sabendo que Gouveia e Melo seria candidato presidencial. "Eu hesitei bastante por causa das eleições. A última coisa que eu queria era ficar colada a qualquer candidatura, porque a independência é algo que prezo muito enquanto jornalista", começou por dizer.

Mas a razão principal foi uma necessidade que jornalistas possuem naturalmente: fazer perguntas, num momento em que as entrevistas são cada vez mais curtas. "Eu tinha muitas perguntas a fazer e não quis perder a oportunidade. Também pelo facto de ser um novo ator político e havia a necessidade de conhecer", relatou.

A diretora-adjunta avalia que o resultado do livro é "muito conteúdo e informação", com respostas sobre seus valores e trajetória. Contou que preparou as perguntas baseadas naquilo que são os temas que as pessoas precisam saber, como saúde, educação e defesa. "A conversa fluiu naturalmente, o almirante gosta muito de conversar", resumiu.

O almirante respondeu com risos. "No mar só temos duas coisas, comer e conversar". E se por tantas décadas esteve no mar, chegando a ficar 31 dias num submarino, o editor questionou se isto era mais difícil ou a campanha presidencial. "São desafios diferentes", destacou.

Henrique Pinto Mesquita também fez perguntas enviadas pelos leitores, através de uma caixa de perguntas aberta pela editora. Uma delas foi de um jovem casal que diz empreender, "esforçar-se muito", sequer conseguem sair da casa dos pais e ter uma casa própria e estão "sem esperança" em Portugal.

O candidato ressaltou que é uma resposta difícil e lamentou que Portugal esteja neste caminho. "Não é possível que um jovem casal de 35 anos não possa ter uma casa, isto até tem implicações a nível de taxa de natalidade", ressaltou. Mas finalizou que precisa existir uma alternativa, que "precisa materializar-se nos dois blocos de governação" que Portugal possui.

"Há dois grupos em Portugal que podem governar e governar bem. O que posso dizer é que não vou constriuir política para às 8h00 e para as televisões", afirmou, ressaltando que acredita que Portugal pode crescer e sair da "estagnação em que está há 20 anos".

A última pergunta foi da jornalista, que questionou quando seria a próxima entrevista. "Em março, em Belém ou em minha casa".

Confira imagens do fotojornalista do DN Paulo Spranger

amanda.lima@dn.pt

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