MP mantém sessão de dia 20 para encerrar processo de extradição de Rendeiro
João Rendeiro foi encontrado morto na prisão de Westville, onde estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa.
O Ministério Público sul-africano confirmou este sábado que vai manter a sessão preparatória de julgamento de João Rendeiro, agendada para dia 20, para apresentar o certificado de óbito do ex-banqueiro e encerrar as diligências do processo de extradição.
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João Rendeiro, de 69 anos, morreu na quinta-feira na prisão de Westville, onde foi encontrado morto, segundo uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários enviada à agência Lusa.
A advogada confirmou à Lusa que o ex-presidente do banco BPP iria na sexta-feira a tribunal, mas não adiantou os motivos, decorrendo as sessões de julgamento do processo de extradição para Portugal entre os dias 13 e 30 de junho.
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A sessão preparatória no tribunal estava marcada para 20 de maio e, segundo adiantou à Lusa fonte do Ministério Público da África do Sul (National Prosecuting Authority - NPA), a sessão vai manter-se para que possa ser apresentado o certificado de óbito de João Rendeiro e encerradas as diligências do processo de extradição.
"O tribunal precisa de um certificado de óbito e isso tem de ser feito em tribunal", justificou a mesma fonte.
Por seu turno, também em declarações à Lusa, a advogada June Marks, que defendia João Rendeiro, adiantou que não vai estar presente na sessão, uma vez que já tinha entregado a notificação para deixar a representação do ex-banqueiro.
O antigo presidente do BPP João Rendeiro, detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal, morreu na quinta-feira à noite, na prisão de Westville.
João Rendeiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.