Morreu, aos 23 anos, Ângela Pereira, doente oncológica de 23 anos natural de Viana do Castelo que emocionou o país ao pedir que alguém lhe desse "alguma esperança" após ter contraído um fungo que obrigou à retirada de parte de um pulmão.Ângela veio a falecer no IPO do Porto, durante a manhã desta quinta-feira, 25 de dezembro.A notícia foi avançada numa publicação partilhada no Instagram da jovem. "Com profunda tristeza, comunicamos que a Ângela partiu. Antes de partir, pediu que fosse deixada aqui uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que, de alguma forma, a ajudaram, apoiaram, rezaram, enviaram mensagens ou simplesmente estiveram presentes ao longo desta caminhada tão difícil", pode ler-se.. No início deste mês, Ângela, com cancro há três anos, havia revelado nas redes sociais que, além de ter sido submetida a dois transplantes de medula e seis linhas de tratamento, era portadora de um fungo, o que complicou ainda mais o seu estado de saúde. "Precisava que alguém me desse alguma esperança", apelou na altura."Tenho 23 anos, sou uma jovem menina com uma vida pela frente, após realizar um transplante de medula em que tive diversas complicações, detetaram me um fungo muito difícil de tratar. Um aspergiloma. Esse fungo está-me a matar aos poucos. Aqui já não fazem mais nada por mim, desistiram de mim, retiraram-me a medicação, deixaram de me fazer exames, para eles estou morta. Estou sem forças, ouvi hoje de um dos médicos 'que é dar tempo ao tempo até que tudo se encerre'. Mas para mim existe uma grande vontade de viver, e uma esperança de que tudo vai ficar bem. Não vos peço dinheiro, apenas vos peço preciso a vossa ajuda, as vossas partilhas, uma segunda opinião e uma transferência para um hospital que me queira tentar tratar. Nada me levaria a fazer esta publicação, senão o desespero e o medo da morte. Peço a vossa ajuda como se fosse vossa irmã, vossa filha, de alguém muito querido por vocês", explicou.Na altura do apelo, o IPO esclareceu que a jovem se encontrava "num contexto clínico de altíssimo risco" após todos os tratamentos se terem revelado ineficazes.