Moedas exige compensação pelo aumento de capacidade do aeroporto Humberto Delgado
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, leva esta quarta-feira a votos uma moção que exige à Vinci (concessionária do aeroporto Humberto Delgado) uma compensação financeira, entre outros pontos.
No texto, a que o DN teve acesso, o autarca exige "a imediata minimização dos impactos causados" com a manutenção da Portela até que o aeroporto Luís de Camões, em Alcochete, esteja em pleno funcionamento. Como? "Através de compensações financeiras e/ou projetos de minimização de impacto ambiental."
Além de também saudar a decisão do Governo em optar por Alcochete como local da construção do novo aeroporto, a moção faz um pedido ao executivo de Luís Montenegro: uma "compensação, através do Fundo Ambiental, pelo potencial aumento da capacidade temporária" do aeroporto Humberto Delgado.
No mesmo texto, o presidente da Câmara de Lisboa deixa ainda bicadas à oposição, que "demorou anos" a decidir onde construir o novo aeroporto. Ainda assim, "a melhoria da capacidade operacional" exige um "plano de obras" para a Portela. Isso implica, necessariamente, "a criação de medidas financeiras compensatórias que permitam mitigar os impactos gerados" para salvaguardar os interesses da população, "nomeadamente em sede de ruído e poluição".
PS desafiava Moedas a assumir posição
Na terça-feira, os vereadores do PS na autarquia divulgaram uma nota, divulgada numa newsletter a que o DN teve acesso em que pediam a Carlos Moedas que se pronunciasse sobre o aumento do volume de voos em Lisboa.
Tendo em conta que se prevê um aumento de 38 para 45 movimentos por hora, "um acréscimo de quase 20%", os socialistas pediam que Moedas clarificasse "de uma vez por todas" qual o seu lado na equação. Isto é: "Se aceita os interesses da ANA, que há muito quer usar o Humberto Delgado como a galinha dos ovos de ouro que suporta toda a sua operação e expansão, ou a qualidade de vida dos lisboetas."
No final dessa nota, os socialistas prometiam levar o tema "a uma próxima reunião" do executivo municipal e comprometiam-se a apresentar "uma moção onde fique claro a oposição da autarquia ao aumento de quase 20% da frequência de aviões.