Ana Paula Martins, ministra da Saúde.
Ana Paula Martins, ministra da Saúde.

Ministra espera ter "nos próximos dias" solução para centenas de pessoas que não deviam estar nos hospitais

Ana Paula Martins quer resolver em breve algumas centenas de casos de pessoas com alta clínica que se mantêm nos hospitais por não terem uma instituição para onde ir.
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Ana Paula Martins, ministra da Saúde, estimou esta segunda-feira, 22 de dezembro, que haja mais de 1.200 de casos sociais nos hospitais, de pessoas com alta clínica mas sem resposta noutros locais, e disse que nos próximos dias deverá haver solução para algumas centenas.

“Estamos a trabalhar há cerca de um ano com a Segurança Social. Espero que nos próximos dias possamos ter novidades sobre esta matéria”, disse a ministra Ana Paula Martins, que falava depois de uma visita de manhã ao Hospital de Vila Franca de Xira.

A governante disse ainda que espera encontrar soluções “pelo menos para algumas centenas de pessoas”, para que “possam sair dos hospitais, onde não deviam estar”.

“É um risco muito grande ter um utente que já tem alta clínica que não precisa de estar num hospital”, sublinhou.

Reconheceu que “não é de um dia para o outro” que se conseguem lugares para estas pessoas e explicou que, a nível nacional, aos 800 utentes que já estavam contabilizados com alta clínica, mas sem outra resposta, se juntaram mais 400.

“É uma situação impossível de manter. Nós estamos na semana do Natal, na semana do Ano Novo e é preciso ter camas para internar as pessoas que precisam de ficar internadas”, acrescentou.

A governante apontou igualmente a falta de profissionais no hospital de Vila Franca, assumindo que muitos podem ter abandonado a unidade de saúde depois de ela ter deixado de ser Parceria Público Privada, mas disse que há seguramente outras razões para a decisão que tomaram.

“Essa é naturalmente uma delas, porque nas outras parcerias que tínhamos também aconteceu a mesma coisa. Mas há certamente outras razões, como a falta de atratividade, de projetos que, se calhar, os médicos também ambicionam ter dentro da sua prática clínica e, naturalmente, uma pressão demográfica destes cinco concelhos que o hospital serve, (…) o que cria bastante pressão nas equipas clínicas”, disse.

Quanto ao Natal e Ano Novo, disse que as escalas já estão feitas, “contando naturalmente com as merecidas férias dos profissionais”.

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