Militares que telefonaram a Pedro Dias já foram inquiridos

O caso poderá dar lugar a processos disciplinares ou criminais
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Nas horas imediatamente a seguir aos crimes de Aguiar da Beira, vários elementos da GNR contactaram telefonicamente Pedro Dias, o principal suspeito dos homicídios que se manteve em fuga até à passada terça-feira, avança hoje a edição online do Jornal de Notícias.

De acordo com a mesma fonte, todos os contactos telefónicos efetuados pela GNR estão registados no inquérito e os militares que os fizeram já foram inquiridos sobre os mesmos, não estando afastada a hipótese de o caso poder vir a dar lugar a processos disciplinares ou criminais.

Na entrevista que deu à RTP no dia em que se entregou às autoridades, Pedro Dias alegou que o fazia perante as câmaras de televisão para garantir a sua segurança e denunciou o telefonema feito por uma sargento da GNR, que lhe terá dito que o iriam matar.

Estes telefonemas, efetuados quando Pedro Dais ainda tinha telemóvel, logo no início da fuga, foram, segundo o JN, uma das razões que levaram à denuncia, avançada pelo DN, de que existia descoordenação entre as polícias, a qual estava a preocupar o Governo.

Tinham passado nove dias desde os homicídios quando o DN avançou que a descoordenação das forças policiais envolvidas na "caça" ao suspeito estava a causar crescente preocupação no governo.

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A informação foi desmentida nessa dia pelo governo, mas entretanto a Polícia Judiciária admitiu que "houve um ou outro episódio" de descoordenação entre as polícias.

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Os telefonemas feitos pelos militares da GNR terão sido um desses episódios. É que, explica o JN, depois de ser contactado, Pedro Dias desligou o telemóvel, impossibilitando a sua localização.

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