Mikado, as novas cadeiras da Vitra
O nome vem do milenar jogo de destreza manual, que tomou o nome antigo dado ao Imperador do Japão - Mikado. Mas, neste caso, não se trata de um conjunto de varetas de madeira fina, mas de uma cadeira feita de várias componentes, que podem ser trocadas de acordo com a função a que se destinem ou com o gosto de cada um. O design é assinado pela dupla britânica Edward Barber e Jay Osgerby.
A aposta da Vitra - a empresa especializada em cadeiras, que coloca a chancela nesta peça - é no conforto, com estofamento de todos os contornos e linhas da cadeira, bem como a inclusão de um mecanismo muito simples, colocado na parte posterior do assento, que facilita o movimento do encosto.
Muito flexível, adequa-se a qualquer uso, seja para a mesa de jantar numa casa, hotéis (não por acaso, a apresentação à imprensa foi feita num apartamento do Martinhal Oriente), restaurantes ou salas de reuniões, e foi concebida com princípios sustentáveis. Isto é, as capas não são coladas, podem ser facilmente removidas para limpeza ou substituição. As pernas, de madeira ou alumínio reciclado, podem ser individualmente substituídas ou trocadas por uma versão diferente. O painel interior é feito em alumínio com um elevado teor de materiais reciclados, e grande parte do encosto é produzida com plástico reciclado.
Desenhada para simplificar a substituição de vários dos seus componentes, a Mikado promete uma vida útil longa, compatível com o seu preço: cerca de 800 euros. Está disponível em formato de cadeirão ou sem braços. Ambas as variantes proporcionam uma experiência distinta, ainda que com pontos em comum. Isto permite-lhes serem usadas em conjunto, sem perturbar a harmonia visual. As diferentes opções de pernas, os dois encostos e a seleção de capas em tecido ou pele em inúmeras tonalidades possibilitam um vasto leque de combinações.
Edward Barber e Jay Osgerby, os autores da Mikado, fundaram o seu estúdio conjunto em Londres em 1996, depois de terem estudado Arquitetura no Royal College of Art. Ao longo destes quase trinta anos, têm privilegiado a experimentação de materiais e cores, quer em instalações de grande dimensão para o Victoria and Albert Museum ou a Somerset House, ambas em Londres, quer em projetos de autor desenvolvidos para marcas como B&B Italia, Marsotto ou Rimowa.