No último dia do ano, vão estar encerradas seis urgências, nas áreas da Ginecologia-Obstetrícia e Pediatria. No primeiro dia do ano, encerrarão quatro. Hoje, funcionarão em pleno 189 dos 208 serviços de urgências hospitalares e amanhã 191, embora o Portal do SNS indique que são 187 e 189, respetivamente. Só que a Unidade Local de Saúde do Alto Minho esclareceu esta segunda-feira à tarde que dois dos serviços que integra, a urgência de pediatria do Hospital de Ponte de Lima e o da urgência básica do Hospital de Monção, estarão a funcionar e não encerrados como aparece na página do SNS. .Além dos que estão a funcionar em pleno, hoje, há ainda mais dez urgências a funcionar como referência (só para doentes encaminhados pela Linha SNS24 ou pelos Centros de Saúde), e amanhã mais 11, havendo em ambos os dias duas outras urgências de referência ao CODU/INEM, na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). .Aliás, tal como no Natal, esta é a região mais atingida pelos encerramentos temporários, sendo aqui que se registam todos os fechos de portas de urgências nestes dois dias. De acordo com o Portal do SNS, as regiões do Norte, Centro, Algarve e Alentejo não devem registar um único serviço encerrado, embora esta segunda-feira a ULS de Beja tenha vindo informar que hoje e amanhã terá as urgências de pediatria e de obstetrícia encerradas, “por falta de médicos”. Mesmo assim, e comparativamente com a semana do Natal, há menos serviços a encerrar, já que no dia 24 encerraram nove e a 25 outros 12, a esmagadora maioria também em LVT. .Hoje, em LVT, segundo o portal oficial, haverá 37 urgências hospitalares a funcionar em pleno, oito como referência, duas de referência ao CODU/INEM e cinco fechadas, nomeadamente na área de Pediatria nos hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Torres Vedras, e na área da obstetrícia nos hospitais de Abrantes e Caldas da Rainha. A nível das urgências gerais há 1 encerramento, o do serviço do Hospital de Peniche..No dia 1 de Janeiro, há 39 a funcionar, mais oito de referência e outras duas de referência ao CODU/INEM, enquanto quatro estarão fechadas, de novo na área da Pediatria nos hospitais Torres Vedras e Beatriz Ângelo e na área da Obstetrícia nos hospitais das Caldas da Rainha e de Abrantes. Os de Cascais, Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), Vila Franca de Xira, São Francisco Xavier e Santa Maria estarão a funcionar como urgências referenciadas na área da Ginecologia-Obstetrícia. .No fim de semana voltarão a encerrar urgências.Nos dias 2 e 3 não estão previstos encerramentos, já que a ULS Alto Minho esclareceu não ter constrangimentos nas duas urgências que o Portal do SNS dá como encerradas, enquanto nos dias 4 e 5 as urgências encerradas são, mais uma vez, em Lisboa e Vale do Tejo. No sábado, fecham as urgências de Pediatria do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e as de Obstetrícia das Caldas da Rainha e de Setúbal. No domingo, mantém-se encerrada a de Pediatria de Loures, bem como a do Barreiro, e a de Obstetrícia de Setúbal e do Barreiro também. .Menos serviços encerados do que Natal, mas com encerramentos a repetirem-se nos mesmos hospitais pelas mesmas razões: falta de médicos para assegurar as escalas. Recorde-se que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) tinha apelado às administrações hospitalares, quando lançou o Plano de Inverno, no final de novembro, para que tudo fizessem para evitar o encerramento de serviços de urgência, mas tal parece não ter sido possível. Tendo a época de Natal sido marcada por muitas horas de espera pelos utentes nos serviços de urgência, como no Hospital Fernando da Fonseca, Amadora, onde se chegou a atingir as 15 horas de espera, queixando-se a unidade de que os utentes apareceram, na esmagadora maioria, pelo próprio pé, sem ligar antes para a Linha SNS24 ou se terem dirigido a um centro de saúde..A marcar a última semana estiveram também casos de encaminhamento errados para urgências de grávidas e de crianças na região de Lisboa e Vale do Tejo. Houve pelo menos duas Unidades Locais de Saúde a queixarem-se disso mesmo. A primeira denúncia aconteceu logo no dia 26, por uma mãe cujo filho foi encaminhado para uma urgência fechada; depois deu-se o caso de uma grávida. A ministra da Saúde comentou que terá havido “falta de comunicação entre a Linha SNS24 e o hospital”. .De acordo com o Plano de Inverno, durante esta época e até ao final de fevereiro vão estar a funcionar 231 centros de saúde com horários prolongados até às 20h00, 24h00 e durante 24 horas, aos sábados, domingos e feriados. O objetivo é poder dar resposta em proximidade às infeções respiratórias e aliviar as urgências hospitalares, mas ainda não se conhece o impacto da medida. O DN pediu ao Ministério da Saúde um balanço sobre este funcionamento, ativo desde 16 de dezembro, mas foi-nos dito que “ainda é muito cedo para se fazer balanços”.